Governador afastado do DF pede que apoiadores não façam atos por seu retorno ao poder

Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado do Distrito Federal, usou suas redes sociais neste domingo (19) para, além de dizer que confia na Justiça, pedir para que seus apoiadores não participem de movimentos exigindo a volta dele ao Palácio do Buriti, sede da administração local.

Nos últimos dias, tem sido noticiada a possível ocorrência de uma manifestação com essa pauta. Por conta disso, a segurança pública do Distrito Federal ligou o sinal de alerta com medo de novos conflitos em Brasília após os atos golpistas de 08 de janeiro, quando apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto.

“Tenho visto que algumas pessoas querem preparar atos públicos de apoio a mim, mas peço que não o façam, que confiem na Justiça como eu confio e que aguardem a apuração dos fatos com a calma e serenidade que o momento exige”, disse Ibaneis Rocha em seu Twitter.

Assim como publicou o Brasil123, o governador reeleito foi afastado do cargo por 90 dias em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, por considerar que Ibaneis Rocha foi omisso e não agiu para conter os atos antidemocráticos. Por conta do afastamento, a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), assumiu o cargo.

Recentemente, a Polícia Federal (PF), após busca e apreensão na casa do governador e apurações no celular do ex-governador, relatou que Ibaneis Rocha não agiu para mudar o planejamento da Segurança Pública frente ao anúncio dos atos de bolsonaristas, mas também não impediu que as forças policiais agissem para conter os invasores dos Três Poderes.

Por conta do relatório, a defesa do ex-governador pediu ao STF para que Ibaneis Rocha tivesse o “imediato retorno” ao cargo. Até o momento, a Corte ainda não analisou o pedido feito pela defesa, algo que deve ser feito nos próximos dias.

Leia também: Ministro do STF encerra três investigações contra Lula na Justiça