O juiz Vitor Valpuesta da 3ª Vara Federal aceitou, nesta terça-feira (05), uma denúncia do Ministério Público (MP) e tornou réu o “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria, e mais 16 pessoas pelos crimes de esquema ilegal de investimentos em criptomoedas e também por delitos contra o sistema financeiro nacional como a gestão de organização financeira sem autorização e também a gestão fraudulenta e organização criminosa.
Segundo o MP, Glaidson teria “gerido fraudulentamente a instituição financeira” criada por ele juntamente com sua mulher, Mirelis Zerpa, que está foragida nos Estados Unidos. Além disso, o órgão também afirmou na denúncia que tanto Glaidson quanto sua esposa teriam promovido, constituído, financiado e integrado, de forma estruturada, e com divisão de tarefas, um grupo criminoso.
“A dupla promoveu a criação de uma organização criminosa preordenada à prática” dos seguintes crimes contra o sistema financeiro, contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro auferido desses crimes, valendo-se, para tanto, de extensa rede de pessoas físicas e jurídicas, atuantes no Brasil e no exterior”, afirmou o MP.
Por fim, o órgão ainda denunciou que o casal, conforme apontaram as investigações, teria captado e gerido recursos de terceiros e ofertado valores mobiliários à margem das autoridades de controle.
Relembre o caso da pirâmide financeira
O MPF revelou no final de agosto que estava investigando se a empresa GAS Consultoria Bitcoin, companhia com o maior número de investidores na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, vinha praticando golpes do tipo pirâmide financeira.
De acordo com o órgão, o foco era Glaidson Acácio, dono da empresa, alvo de uma denúncia há dois anos por possível prática do crime utilizando uma aplicação disfarçada em bitcoins, uma criptomoeda.
Segundo o órgão, Glaidson Acácio prometia lucros de 10% por mês nos investimentos em criptomoedas. Todavia, no fim das contas, as pessoas que entraram no negócio acabaram com prejuízos enormes, pois o empresário ficava com o dinheiro para si, ou seja, não fazia nenhum investimento.
Hoje, de acordo com a Polícia Federal, Glaidson se encontra preso por ser suspeito de praticar crimes como: contra o sistema financeiro, organização criminosa e lavagem dinheiro.
Não suficiente, uma outra investigação, agora da Polícia Civil, apura delitos contra a economia popular, que é explorar o esquema de pirâmide e lavagem de dinheiro. Além de Glaidson, sua esposa também é suspeita de fazer parte dos crimes, mas ela se encontra foragida.
Leia trambém: Ajuste de limite do PIX pode estimular sequestros relâmpagos