O ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, investigado por crimes sexuais, foi interditado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e, com isso, está temporariamente proibido de exercer a medicina no Brasil.
Assim como vem publicando o Brasil123, o médico, que vive em Anápolis, Goiás, é acusado de importunação sexual, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. A decisão que interditou o médico foi dada na terça-feira (05), depois de uma reunião do conselho. Todavia, a informação só foi divulgada na noite de quarta-feira (06).
Com a decisão, o médico está proibido de atuar até que seu processo ético-profissional seja concluído. Em nota, o Cremego informou que a interdição em questão tem validade de seis meses, mas pode ser prorrogada caso necessário.
Ainda conforme o conselho, a decisão é cautelar e representa um procedimento que é adotado pelos Conselhos Regionais de Medicina com o intuito de “restringir o exercício da profissão por médicos cuja ação ou omissão esteja prejudicando gravemente a população, ou na iminência de fazê-lo”.
Médico está solto
Na segunda-feira (04), Nicodemos, que havia sido preso na última quarta-feira (29) em um de seus consultórios de atendimentos, foi solto após uma ordem da Justiça. De acordo com o advogado do médico, Carlos Eduardo Gonçalves Martins, um juiz de Anápolis entendeu que, solto, ele não vai atrapalhar as investigações.
Ainda conforme o defensor, o juiz entendeu que a prisão de Nicodemos não preencheu os requisitos necessários do Código de Processo Penal e, por isso, a prisão preventiva dele não poderá ser decretada como “garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal”.
Apesar de solto, revelou o advogado, o médico terá que cumprir algumas ordens para permanecer em liberdade. Dentre elas está o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de sair de Anápolis além, claro, da vedação de exercer a medicina.
Relembre o caso do médico
A Polícia Civil investiga o caso do ginecologista acusado de ter abusado sexualmente de inúmeras pacientes. Algumas vítimas afirmam que o médico teria tentado agarrá-las e beijá-las, enquanto outras dizem que sofreram os abusos até mesmo durante o trabalho de parto.
Até o momento, Polícia Civil já ouviu mais de 60 mulheres. Para dar conta de uma demanda com tantas denúncias, a entidade montou uma verdadeira força-tarefa para investigar os supostos abusos do Ginecologista.
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