Geraldo Alckmin diz que imposto sindical obrigatório não voltará

Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente-eleito, participou neste domingo (27) de um evento promovido pela organização Esfera Brasil. Na ocasião, ele desmentiu afirmações feitas durante a campanha eleitoral de que o governo do chefe do Executivo eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iria trabalhar com o foco na retomada obrigatória do imposto sindical.

A declaração aconteceu no momento em que ele relatava que o governo Lula não irá desfazer reformas feitas durante os governos dos presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). “Não tem nenhuma reforma a ser desfeita, nenhuma”, disse ele, afirmando que “a reforma trabalhista é importante e não vai voltar imposto sindical”.

Segundo Geraldo Alckmin, apesar da afirmação de que o imposto sindical, que deixou de ser obrigatório a partir de 2017, não voltará, será importante debater e “aprofundar” a discussão sobre a proteção social de trabalhadores de aplicativos, como entregadores.

“Nós estamos frente a uma questão de plataformas digitais, que precisam ser verificadas. Quando você tem um menino lá, entregador de lanche, que não tem descanso semanal, não tem saúde, não tem aposentadoria, não tem nada, é preciso aprofundar essas coisas”, declarou.

Ainda durante o evento, o vice-presidente eleito disse que o ajuste fiscal será feito “de forma permanente” durante o novo governo. “Podem acreditar, vai haver ajuste [fiscal]. E não em uma semana, vão ser quatro anos de ajuste porque você pode todo dia estar melhorando a eficiência do gasto público”, afirmou o ex-governador de São Paulo.

Em outro momento, Geraldo Alckmin pontuou aos participantes do evento que “governar é escolher” e que há “muitas formas de fazer ajustes”. Nesse sentido, ele pontua que uma gestão deve ter a preocupação de que não pode gastar mais do que arrecada.

Apesar disso, ele ressalta que esses cortes devem ser feitos em pontos estratégicos.  “Eu preciso cortar gastos. Eu vou cortar do salário mínimo? Eu vou fazer ajuste em cima de 71% dos aposentados e pensionistas do Brasil?”, questionou Geraldo Alckmin.

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