Fusão entre partidos definirão os rumos políticos de 2023

Em anúncio realizado nesta terça-feira (26), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e Patriota, firmaram um acordo para fusão de suas legendas. Segundo a nota, o novo partido será chamado Mais Brasil, utilizando o número 25.

Fusão para unir forças

As partes iniciam as negociações depois de não concordarem com uma cláusula de barreira que estabelece que cada partido deve ter pelo menos 2% dos votos válidos, com pelo menos 1% em nove estados, ou aqueles que elegem pelo menos 11 deputados federais em um terço dos votos. Desse modo, com o PTB elegendo apenas 1 deputado federal e o Patriota 4, ambos não alcançaram o mínimo exigido. A expectativa dos dirigentes é que, juntas, as siglas consigam superar a cláusula pelo critério alternativo de 2% dos votos válidos, com um mínimo de 1% em nove estados.

É preciso ressaltar que com a formalização do novo partido, os antigos deixaram de existir.

Demais fusões partidárias

As fusões partidárias são incomuns no cenário político brasileiro. As últimas ocorreram entre o Prona e o PL, dando origem ao PR, que mais tarde voltou a se chamar PL. Além disso, houve a fusão do PSL e o DEM, dando origem ao União Brasil. No início de outubro, o PP e União Brasil negociavam uma fusão, a fim de se tornar a maior bancada do Congresso Nacional, com 106 deputados federais e 15 senadores. Sendo 59 deputados e 9 senadores do União Brasil e  47 deputados e 6 senadores do PP.  

Além disso, a fusão entre os dois partidos os beneficia em relação ao fundo partidário, ultrapassando o valor de R$ 1 bilhão em recursos públicos. Vale lembrar que neste ano, o União Brasil recebeu mais de R$ 782 milhões, enquanto o PP recebeu R$ 344 milhões.

2º turno pode definir mais fusões

O segundo turno das eleições pode ser decisivo para a evolução das negociações de fusão. Com Lula eleito, há mais chances de evolução de fusões entre partidos, principalmente os de centro, motivados em buscar mais poder e espaço de ação. Contudo, se Bolsonaro for reeleito, a situação se inverte. Alguns do PSDB defenderam a adesão do partido ao PP e à União Brasil. 

Além disso, muitos aguardam pelos resultados do segundo turno. Se o PSDB vencer nos estados que lidera no Rio Grande do Sul e Pernambuco, terá um peso maior no denominado “centrinho”. Em suma, a fusão de partidos trará mais empoderamento político, fortalecimento dos presidentes de partido, maior gestão dos recursos, maior fluidez nas negociações com o Executivo. Em contrapartida, com menos partidos, reduziria a negociação no chamado “varejo político”.

João Belarmindo

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