Pessoas que acordaram e resolveram usar o metrô nesta quinta-feira (23) em Belo Horizonte, Minas Gerais, foram surpreendidas com a informação de que os funcionários do transporte metroviário entraram em greve, paralisando todas as 19 estações da capital mineira e também de Contagem, que fica em torno da cidade.
De acordo com as informações, a medida foi tomada em protesto à resolução do governo federal que não permite que os empregados hoje atuando na Superintendência Regional Belo Horizonte (STU-BH) sejam transferidos para outras unidades da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) caso ocorra, de fato, a privatização do metrô na região.
Segundo informações da “TV Globo”, a greve foi acordada no domingo (19), mas só aconteceu após uma assembleia geral realizada na noite de quarta (22). Depois disso, o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro) postou em suas redes sociais cartazes que informavam sobre a paralisação de todas as estações.
Ainda conforme a emissora carioca, deverá acontecer, nesta quinta, uma audiência pública na Cidade Administrativa para que o assunto privatização seja discutido.
Passageiros pegos se surpresa pela greve
Em entrevista à “TV Globo”, passageiros confessaram que foram pegos de surpresa com a greve do metrô. Um deles foi Sinval Carlos Meireles. De acordo com o homem, que é açougueiro, ele descobriu sobre a paralisação apenas no momento em que chegou ao local e se deparou com os portões fechados.
“Fui pego de surpresa, agora vou tentar pegar ônibus para ir ao trabalho, mas vou gastar mais dinheiro. Vou ter que chegar lá na empresa e comunicar o que aconteceu”, disse Sinval.
Além dele, Maria de Fátima, empregada doméstica, também foi pega de surpresa com a notícia sobre a greve, pois ela também não sabia da paralisação. “Eu não estava sabendo da greve, o patrão está esperando para eu ir trabalhar”, desabafou.
Medida contra a paralisação
Em nota, a CBTU relatou que ajuizou uma ação pedindo ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) “a interrupção imediata da greve ou a garantia de uma escala mínima, a fim de resguardar o transporte essencial à população que utiliza o metrô”. De acordo com a entidade, a greve pode prejudicar mais de 80 mil usuários que utilizam o transporte metroviário diariamente.
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