Os hospitais da França vivem um período crítico logo nos primeiros dias de 2022. Isso porque, o país enfrenta casos simultâneos de Covid-19, gripe e gastroenterite.
A informação foi divulgada pelo ministro francês da Saúde, Olivier Véran, durante uma entrevista nesta segunda-feira, 3, à rádio France Inter. Na oportunidade, o chefe da pasta disse que o risco enfrentado com a chegada da ômicron é alto e logo, os leitos hospitalares estarão saturados.
Ele ainda explicou que a ômicron é menos perigosa, pois não provoca tantos danos e desconforto respiratório agudo. Além do que, a necessidade de leitos de UTI também é menor em relação às demais variantes.
“No entanto, pacientes mais sensíveis, podem apresentar quadros de febre alta, que precisam de três ou quatro dias de oxigênio, o que aumenta o fluxo que precisam de três ou quatro dias de oxigênio, o que aumenta o fluxo de pacientes em leitos convencionais”, explicou o ministro.
É importante lembrar que na última semana, a França bateu um novo recorde quanto ao número de infecções da Covid-19, atingindo o índice mais alto de casos em toda a trajetória da pandemia da Covid-19. Dados do último relatório publicado pela agência Santé Publique France, mostraram 1.518 pacientes por 100 mil habitantes.
A transmissão da Covid-19 é evidenciada pelas variantes delta, a mais perigosa, e a recente ômicron. É importante mencionar que vários estudos preliminares apontam que a nova variante provoca formas mais amenas da Covid-19, além de atingir em especial, o trato respiratório superior.
Agora, a previsão é para que 200 mil infecções diárias repercutam nos hospitais que já enfrentam o aumento dos casos de gripe e de gastroenterite, situações típicas do inverno francês. Véran afirma que a gripe já se espalha pela França junto a casos extremos de gastroenterites chegando aos hospitais do país. Cabe mencionar que pacientes com outras doenças crônicas também requerem tratamentos.
Dos 400 mil leitos identificados no país hoje, 20 mil já foram ocupados por pacientes infectados pela Covid-19 antes mesmo do impacto sobre a nova onda causada pela ômicron explodir. “Teremos um mês de janeiro difícil nos hospital”, reforçou o ministro da Saúde francês.
Em meio a este cenário caótico, com o propósito de estabelecer um limite nas hospitalizações causadas pela Covid-19, o Governo da França continua fomentando a vacinação, agora, na aplicação da terceira dose. O governo está consciente de que a imunização não impede a contaminação pelo vírus, mas pode amenizar os efeitos causados por ele.