Atualmente a fome atinge 33% dos lares de família beneficiárias do Auxílio Brasil. Dentre os motivos que levaram ao aumento do índice estão a inflação e a queda de renda.
Dentre as principais crises que acometem as sociedades, a fome é uma das consequências mais presentes e mais devastadoras que ocorrem. Até metade do ano de 2022, 33 milhões de pessoas estão passando fome no Brasil.
Os dados são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil. A pesquisa foi feita pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa e Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional).
O índice de fome aumentou para 9% em um ano, em que 14 milhões de brasileiros encontram-se em situação de fome. O número consegue ultrapassar a quantidade de habitantes de países como a Bélgica e Portugal (11 mi de habitantes).
Esses dados alertam sobre as consequências da crise econômica instaurada no país desde o início da pandemia de Covid-19. Com o efeito da inflação sobre os produtos alimentícios, os mais prejudicados são as famílias vulneráveis.
Por isso, mesmo aqueles que são abastados pelos benefícios sociais, estão em situação de insegurança alimentar grave (fome). Na faixa de pobreza, a fome é uma realidade para 32,7% das famílias que estão na folha do Auxílio Brasil.
De acordo com o economista Francisco Menezes, analista de Políticas da ActionAid no Brasil, as mudanças nas políticas públicas para população de baixa renda é outro fator que implica no alto grau de insegurança alimentar. Para ele:
A pesquisa também apresenta que 6 em cada 10 brasileiros convivem com algum nível de insegurança alimentar. São 125,2 milhões de pessoas nesta situação, o que representa um aumento de 7,2% desde 2020 e de 60% na comparação com 2018. A fome é caracterizada quando um indivíduo não tem acesso regular e permanente a alimentos. Ela pode ser:
“Se compararmos com dados de 2018 (última estimativa nacional antes da pandemia de Covid-19), quando a insegurança alimentar atingia 36,7% dos lares brasileiros, o aumento chega a 60%”, traz a pesquisa.
A insegurança alimentar passa longe das famílias com renda superior a um salário mínimo por pessoa.
“Reverter essa situação é um desafio muito grande”, afirma Rosana Salles, professora do Instituto de Nutrição Josué de Castro, da UFRJ.
“Vai depender da reestruturação das políticas de governo, das políticas de combate à fome e à miséria, da valorização do salário mínimo, do controle dos preços da cesta básica. Além, é claro, da reestruturação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea).”
Maitê Gauto alerta para urgência na criação de medidas emergenciais. “Precisamos de programas de proteção social e transferência de renda para que essas pessoas possam se manter com dignidade enquanto a recuperação econômica não acontece”.
“Precisamos garantir as condições mínimas de sobrevivência para as famílias”, diz. “É preciso também qualificar o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que também vem sendo desmontado.”
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