O Figueirense anunciou na noite desta sexta-feira (17) que o plano de recuperação extrajudicial do clube catarinense foi homologado. Na tentativa de se tornar viável financeiramente de novo, o Figueira aposta em acordo os credores.
Assim, o plano agora está Juízo da Vara Regional de Recuperações Judiciais, Falências e Concordatas da Comarca de Florianópolis.
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“No ano do seu centenário, o Figueirense dá demonstrações de que o trabalho sério dá resultados e de que está pronto para as próximas batalhas”, disse a diretoria, em nota oficial no site do clube.
Ainda em 2020, o Figueirense contratou uma empresa de consultoria, a Alvarez & Marsal, para fazer um diagnóstico da situação financeira do clube.
“A partir daí, foram meses de constantes interações, reuniões, revisões de contratos e auditorias”, disse o clube.
“Graças ao trabalho desenvolvido neste período inicial, a diretoria pôde compreender a exata situação financeira do Figueirense, o que era absolutamente imprescindível para poder programar os passos seguintes. Era a primeira etapa do projeto de restruturação do clube”, afirmou o Figueira, em nota.
Desta maneira, agora o clube poderá ter até 15 anos para pagar suas dívidas trabalhistas, de forma equacionada.
De acordo com o clube, todos os credores do Figueirense, mesmo os que não aderiram expressamente ao Plano ou com ele não concordaram por qualquer razão, ficam submetidos às suas regras, prazos e formas de pagamento.
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Situação difícil
Atualmente, o Figueirense tem uma dívida em torno de R$ 160 milhões, que praticamente torna o clube inviável. As últimas equipes foram montadas com ajuda de parceiros e empresários.
“Iniciamos o projeto de soerguimento do Figueirense há pouco mais de um ano. A primeira fase do projeto foi um diagnóstico da situação financeira do clube, em seguida desenhamos cenários junto aos executivos e um plano de ação de como iríamos tratar a geração operacional de caixa e as alternativas para a equalização do alto endividamento encontrado”, disse Leonardo Coelho, sócio-diretor da empresa de consultoria.
“Foram considerados diferentes cenários: acesso à Série A, permanência na Série B e a queda do Clube para a Série C, o que possibilitou uma rápida readequação dos custos e despesas quando a projeção virou uma realidade para o Figueirense”, afirmou.
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