Faturamento da indústria de transformação cai 3,4% em agosto

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou nesta segunda-feira (4) que o faturamento real da indústria de transformação caiu 3,4% em agosto, na comparação com o mês anterior. A saber, os dados constam da publicação Indicadores Industriais.

Com isso, o índice passa a acumular queda de 6,4% entre janeiro e agosto deste ano. Inclusive, o faturamento da indústria de transformação também ficou menor que o registrado no mesmo mês de 2020 (-0,2%). Estes dados foram obtidos após ajuste sazonal.

Além disso, a CNI revelou que as horas trabalhadas caíram 0,3% em agosto, na comparação com o mês anterior. Dessa forma, o indicador voltou a ficar abaixo do nível registrado em fevereiro de 2020 (-0,8 ponto percentual). E isso aconteceu porque o indicador registrou quedas recorrentes na maioria dos últimos meses.

Em resumo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia da Covid-19 em março do ano passado, afetando diversas atividades econômicas no planeta. Nesse cenário, as horas trabalhadas caíram fortemente no ano passado, mas não conseguiram se recuperar em 2021 e continua negativas. Aliás, acumulam retração de 4,7% neste ano.

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De acordo com a CNI, o rendimento médio real vem seguindo uma trajetória de queda nos últimos meses. Nem mesmo o avanço de 0,5% em agosto reverteu a tendência. A saber, o indicador acumula queda de 2,0% entre janeiro e agosto deste ano, impulsionada fortemente pelo aumento da inflação.

A CNI também revelou que o emprego da indústria de transformação cresce 0,1% em agosto. Nesse caso, a variação acumulada no ano está positiva, em 3,8%. Já a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria caiu 0,1%, mas continua num patamar elevado, atingindo 82,3%. Vale ressaltar que a UCI está acima de 80% desde março, superando a média histórica do indicador.

Por fim, a massa salarial cresceu 0,8% em agosto, na comparação mensal. No ano, o indicador acumula alta de 0,7%. “A massa salarial real se encontra 2,6% abaixo do nível observado em fevereiro de 2020, antes da pandemia. Apesar da forte recuperação das horas trabalhadas no segundo semestre de 2020, em nenhum momento a massa salarial real voltou ao nível de antes da pandemia”, disse a CNI.

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