A família de João Rafael Gaspareli, que tinha 32 anos, está vivendo um drama, pois não consegue trazer o corpo do brasileiro, que morreu na cidade de Londres, na Inglaterra, para o Brasil. De acordo com os entes queridos da vítima, eles precisam de R$ 60 mil para conseguir bancar o traslado.
Segundo as informações, João Rafael foi encontrado morto na pensão onde ele morava. Ele foi rumo à Europa em busca de uma vida melhor e, por lá, trabalhava como entregador. Em entrevista ao portal “G1” neste sábado (27), a família do homem revelou que polícia de Londres afirmou que João Rafael foi encontrado sem sinais de violência. Nesse sentido, a suspeita é a de que ele tenha morrido após ter sofrido um infarto fulminante.
Ainda ao portal, uma das irmãs do brasileiro, Fabiana Gaspareli, lamentou a morte do irmão e afirmou que a situação está difícil tanto pelo lado sentimental quanto pelo lado financeiro. “Nós somos em quatro. Ele [João] é gêmeo com outra irmã, é o único filho homem e o meu pai e minha mãe perderam esse filho e está sendo muito difícil. Difícil sentimentalmente, difícil financeiramente”, lamentou.
Família quer velar o brasileiro
De acordo com Aparecida Gaspareli, mãe do brasileiro, o desejo da família é fazer o velório dele na cidade de Dracena, no interior de São Paulo. “Eu queria ver ele [João] mais uma vez, nem que for morto, queria ver mais uma vez”, desabafou a mulher, que lamentou a forma com que o filho voltará ao Brasil.
“Meu filho querido, meu filho amado, que foi embora em busca de um sonho e vai voltar para casa em um caixão. Nunca esperava isso, é muito difícil”, disse Aparecida Gaspareli.
Alto preço para voltar
Até o momento, ainda não há previsão para quando o corpo voltará ao Brasil, pois o valor para que isso aconteça é alto, e beira os R$ 60 mil, conta a família, que afirma ter entrado em contato com o consulado brasileiro na Inglaterra e com o governo federal, mas ouviu das duas entidades que as despesas são de responsabilidade dos parentes.
“Eles [consulado e embaixada] ajudam na documentação de como eu devo proceder, onde tenho que ir, como tenho que marcar, que documento eu tenho que levar. Nisso eles dão total apoio, mas não financeiramente”, relatou Fabiana Gaspareli.
Todavia, quando o assunto é financeiro, ela explica, não há ajuda. “Financeiramente a gente não tem apoio do consulado nem da embaixada. Eu tenho falado com eles diretamente e eles estão me auxiliando em como fazer”, detalhou. Por conta disso, a família do brasileiro tem organizado uma campanha para arrecadar a quantia e o corpo da vítima voltar, finalmente, para sua terra natal. Até o momento, cerca de R$ 20 mil já foram arrecadados.
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