Ex-deputado e agentes da PM viram réus por sequestro e tortura de jornalista; entenda

O ex-deputado Jalser Renier, oito agentes da Polícia Militar (PM) e um ex-servidor da Assembleia Legislativa, viraram réus acusados de terem sequestrado e torturado o jornalista Romano do Anjos. A decisão da Justiça estadual foi ao encontro de uma denúncia do Ministério Público (MP) de Roraima sobre o crime, registrado em outubro de 2020.

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De acordo com informações do portal “G1”, a ação tramita na 1ª Vara Criminal e foi aceita na quinta-feira (09) pelo juiz Cláudio Roberto Barbosa de Araújo, sete meses depois de o Ministério Público ter enviado a denúncia.

Agora, com a aceitação da denúncia, os acusados passam a responder por sete crimes, sendo eles sequestro qualificado, tortura qualificada, constituição de milícia privada, dano qualificado, roubo majorado, cárcere privado e violação de domicílio qualificado.

Em sua decisão, o juiz ainda ressaltou que “quaisquer mudanças de endereço deverão ser informadas a este Juízo, para fins de adequada intimação e comunicação oficial, sob pena de ser considerado revel”. Confira quem são os réus:

  • Jalser Renier Padilha (ex-deputado);
  • Moisés Granjeiro De Carvalho (coronel);
  • Natanael Felipe De Oliveira Junior (coronel);
  • Paulo Cezar De Lima Gomes (tenente-Coronel);
  • Vilson Carlos Pereira Araújo (major);
  • Nadson José Carvalho Nunes (subtenente);
  • Clovis Romero Magalhães Souza (subtenente);
  • Gregory Thomaz Brashe Junior (sargento);
  • Thiago De Oliveira Cavalcante Teles (soldado);
  • Luciano Benedito Valério (ex-servidor).
O ex-deputado Jalser Renier, oito agentes da PM e um ex-servidor viraram réus acusados de terem sequestrado e torturado o jornalista. (Foto: reprodução)

O crime contra o jornalista

De acordo com as investigações, o sequestro do jornalista Romano dos Anjos, de 40 anos, aconteceu em outubro de 2020. Na ocasião, ele foi levado de sua casa, em seu próprio carro, que foi encontrado queimado horas depois.

O ex-deputado é apontado como o mandante do crime e os policiais acusados de executarem o delito, que terminou com o jornalista vivo. Depois do crime, Jalser Renier chegou a ser preso, mas foi liberado. Hoje, ele cobra meio milhão da Justiça por ter sido algemado na ocasião.

Leia também: Jornalista que falou em ‘matar um monte de judeus’ vai ser candidato ao Senado

Alisson Ficher

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