Um estudo revelou que a cada dez moradores de rua de São Paulo, cerca de sete são homens com idade economicamente ativa média de 41,7 anos. Os dados são do novo Censo da População de Rua de São Paulo e mostram que, atualmente, são quase 32 mil pessoas nas ruas da capital paulista.
Os dados, que foram divulgados no “Fantástico”, da “TV Globo”, no domingo (23), revelam que a quantidade de pessoas vivendo nas ruas de São Paulo aumentou mais de 31% em relação a 2019 – à época, eram 24,3 mil indivíduos nessa situação.
Hoje, o número total de pessoas em situação de rua na capital mais populosa do Brasil é 69,6% maior do que os municípios do próprio estado. Todavia, o levantamento mostra que “apenas” 39,2% dessas pessoas sem casas são, de fato, naturais da própria cidade.
Isso porque, do restante, 19,86% são de outros municípios paulistas e 40,94% são naturais de outros estados do Brasil como Bahia (8,47%), Minas Gerais (5,44%) e Pernambuco (5,28%).
Atualmente, revelou o instituto Qualitest, que fez o levantamento, também no programa da emissora carioca, a maioria dos moradores de rua estão concentrados em bairros que ficam ao redor do centro da cidade.
Segundo o governo do estado, em nota divulgada nesta segunda-feira (24), “os motivos de a população de rua se concentrar em sua maioria nos bairros ao redor da área central permanecem inalterados. “Estão relacionados a fatores como mobilidade, trabalho e facilidade de alimentação”, revelou a gestão municipal.
Conforme o “Fantástico”, o Censo da população de rua em São Paulo é feito periodicamente e o próximo seria realizado em 2023. Todavia, devido ao cenário atual, o levantamento deverá ser feito antes.
Isso porque, como mostra a pesquisa, em 2019, eram cerca de 24 mil pessoas na rua e agora são quase 32 mil pessoas. O levantamento começou a ser feito em 2000. Na ocasião, foi constatado que, a cada 10 mil paulistanos, oito viviam na rua. Hoje, a proporção saltou para 26.
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