Um laudo realizado por peritos médicos que foram indicados pela Justiça de São Paulo mostrou que o jovem Guilherme Alves Costa, de 18 anos, que matou a facadas a gamer Ingrid Oliveira Bueno da Silva, de 19 anos, não possuía nenhum tipo de doença ou perturbação mental no momento em que cometeu o crime.
De acordo Polícia Civil nesta sexta-feira (10), a avaliação foi feita em abril após um pedido da defesa do jovem, que afirmou que ele matou a vítima porque teve um “surto psicótico”. Desta forma, afirmou os advogados de Guilherme, o correto seria tirá-lo da cadeia e encaminhá-lo para um hospital psiquiátrico.
Todavia, como o resultado do teste declarou que Guilherme era “imputável”, isto é, apto a responder pelo crime, o destino dele agora deverá ser o júri popular sendo que, caso condenado, a pena do jovem pode chegar a 30 anos de prisão.
Defesa do jovem continua a insistir na tese
Em nota, a defesa de Guilherme tornou a afirmar que o jovem cometeu o crime por conta de um “surto psicótico”. “Estamos tentando uma contraprova desse laudo de insanidade mental”, declarou João Marcos Alves Batista, que é um dos advogados que acompanham o caso.
Ainda de acordo com o advogado, o jovem possui “esquizofrenia e distúrbios de psicopatia” e, por isso, necessita de um tratamento, não devendo ir para a cadeia e sim para um hospital. “Ele não pode cumprir sua pena e retornar para a sociedade sem um devido tratamento para os sintomas que ele apresenta, para as doenças mentais e tudo”, afirma.
Por conta do laudo da Justiça, a defesa agora pretende contratar um perito, pois, apesar de afirmar o problema mental, não apresentou nenhum documento que comprove a tese.
O crime
Assim como publicou o Brasil123, o jovem cometeu o crime em fevereiro deste ano em sua casa, na Zona Norte de São Paulo. Na ocasião, ele chamou Ingrid, conhecida como “Sol”, uma gamer profissional, para jogar em sua casa.
Depois de matar a gamer a facadas, ele gravou um vídeo da vítima morta e ainda compartilhou o conteúdo nas redes sociais. Na sequência, ele se entregou em uma delegacia, onde foi preso pela Polícia Civil. “Eu quis fazer isso”, disse o estudante à época do flagrante.
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