Depois de anos de debates e polêmicas, o horário de verão, que esteve em vigor no Brasil de 1985 até 2018, não deve ser reintroduzido em 2023. A medida foi abolida em 2019, e não há indícios de seu retorno este ano, conforme informações divulgadas pelo Ministério de Minas e Energia.
A principal razão para a ausência do horário de verão é a estabilidade no fornecimento de energia elétrica do país. Tanto a equipe técnica do Ministério quanto o ministro Alexandre Silveira afirmam que não há necessidade de adiantar os relógios em uma hora neste ano, devido às condições favoráveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a previsão é de que os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios permaneçam acima de 70% em setembro na maioria das regiões, o que representa uma situação estável para o sistema.
Em comparação, em setembro de 2018, o último ano em que o horário de verão foi implementado, a EAR nos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estava em apenas 24,5%, enquanto em 2023 esse percentual está em 73,1%.
O horário de verão perdeu sua eficácia devido às mudanças nos padrões de consumo de energia. Além disso, o aumento na capacidade de oferta de energia elétrica nos últimos anos, graças à expansão das usinas eólicas e solares, desempenhou um papel significativo na decisão de não reintroduzir a medida. Essa transformação no cenário energético do país tornou o horário de verão menos relevante para o setor elétrico.
Originalmente concebido com o propósito de aproveitar a luz natural e reduzir o consumo de energia durante o horário de pico à noite, o horário de verão se tornou menos eficaz devido às mudanças nos hábitos de consumo de energia dos brasileiros, que agora usam mais eletricidade durante as tardes, especialmente devido ao uso crescente de aparelhos de ar-condicionado.
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Quando foi estabelecido em 1931, o adiantamento de 1 hora no relógio durante os meses de outubro a fevereiro tinha como objetivo otimizar a utilização da luz natural. Além disso, de reduzir o pico de consumo de energia. Ele ocorria das 18h às 20h. Entretanto, ao longo dos últimos anos, houve transformações nos hábitos de consumo de energia dos brasileiros e no horário de pico.
Assim, com um aumento significativo no uso de eletricidade durante as tardes. Isso especialmente devido à proliferação de aparelhos de ar-condicionado.
Além disso, a iluminação, que costumava ser uma parte considerável do consumo, particularmente durante o horário de pico, já não desempenha um papel tão crucial do ponto de vista elétrico. Após a crise energética de 2001, políticas de eficiência energética foram implementadas, promovendo o uso de lâmpadas mais econômicas, como as fluorescentes, e eletrodomésticos mais eficientes.
“Atualmente, a iluminação não é mais um fator relevante para o setor elétrico, ao contrário do que ocorria no passado, quando cerca de um terço do consumo residencial de energia estava associado à iluminação. Hoje, o principal desafio nas residências é a climatização”, enfatiza o professor Freitas.
Para ele, a eventual reintrodução do Horário de Verão neste ano seria mais uma questão de hábito da população do que uma necessidade para o setor elétrico. “Eu pessoalmente gosto muito do Horário de Verão, aprecio chegar em casa com luz natural, acho a ideia agradável. No entanto, reconheço suas limitações, especialmente para aqueles que têm que acordar muito cedo para trabalhar.”
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O Horário de Verão é uma medida que gera diferentes opiniões e possui vantagens e desvantagens. Abaixo, listo algumas delas:
Em resumo, o Horário de Verão tem suas vantagens em termos de economia de energia e uso mais eficiente da luz natural. Entretanto, também apresenta desvantagens relacionadas à adaptação, impacto na saúde. Além disso, questionamentos sobre sua eficácia. A decisão de implementá-lo ou não depende das condições específicas de cada país ou região e das preferências da população.
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