A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patrícia Ellen, declarou hoje que as escolas seguirão abertas na fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo de combate ao coronavírus. O intuito das escolas abertas, segundo Patrícia, é acolher os jovens e crianças que mais precisam. As escolas da rede estadual, um dos principais pontos do debate sobre um possível fechamento, continuarão abertas para alunos que necessitarem de alimentação e suporte, de acordo com o governo.
Escola aberta para quem precisar
Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo, a secretária Patrícia salientou que quem tiver condições de acompanhar as aulas em casa, de forma remota, deve assim fazer. No entanto, ela destacou que os estabelecimentos de ensino da rede estadual seguirão abertos para quem precisar.
“Essa pandemia já se estendeu por um ano, há jovens que não podem ficar fora da escola neste momento, não somente porque não estão acompanhando o ensino. O secretário [Rossieli Soares, da Educação] ontem mencionou outros exemplos: jovens com desafios emocionais, com desafios para ter acesso à comida, a merenda na escola é muito importante. A escola está aberta para quem mais precisa, por isso que esse momento é um teste de consciência em todos nós” disse Patrícia Ellen.
Os estudantes que “mais precisam”, de acordo com o governo de São Paulo são:
- Alunos com necessidade de alimentação escolar;
- Estudantes com dificuldade de acesso à tecnologia e outros suportes;
- Alunos com “severa defasagem” de aprendizado;
- Estudantes cujos responsáveis trabalhem em serviços essenciais;
- Alunos com saúde mental sob risco.
Limite de ocupação nas escolas e presença opcional
As escolas de ensino municipais e particulares poderão ficar abertas, desde que respeitem o limite legal de ocupação de 35%, a depender dos municípios e das empresas. A presença dos estudantes é opcional e deve ser definida pela família, segundo informou ontem o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, em coletiva de imprensa.
O coordenador-executivo do Centro de Contingência ao Coronavírus, João Gabbardo, declarou que São Paulo só fechará as escolas em último caso. Ellen destacou que a secretaria de Educação tem atuado para aumentar o engajamento dos estudantes nas videoaulas.