A Escócia está desenvolvendo seu próprio aplicativo de rastreamento de contato entre pessoas, como forma de monitorar o contágio do coronavírus. A expectativa é que esteja pronto para uso na primavera.
Na quinta-feira (30), a Irlanda do Norte se tornou o primeiro país a lançar um aplicativo dessa natureza. Contudo, tanto a Escócia quanto a Irlanda do Norte estão adaptando software já usado na República da Irlanda.
Rastreando a proximidade
O objetivo da tecnologia é prevenir uma segunda onda de infecção de coronavírus. O aplicativo cria registros em sua base dados quando duas pessoas estão em contato próximo por um período significativo de tempo.
Caso um dos usuários venha a ser diagnosticado com a doença, um alerta é emitido para os outros com quem a pessoa teve contato, sugerindo que também elas façam testem ou se auto-isolem em quarentena.
Já em maio, empresas como Apple e Google atualizaram seus sistemas operacionais para possibilitar o rastreamento de contato próximo entre pessoas.
Todos os dados são registrados fora dos dispositivos em si, o que torna mais difícil o uso desses dados por autoridades ou hackers, já que os registros são anônimos.
Por outro lado, isso também implica a análise dos dados, que registram grandes tendências de movimentos, por governos e epidemiologistas.
Tentativa inglesa
A iniciativa escocesa vem após o fracasso do aplicativo do Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra, que tentou testar a ferramenta na Ilha de Wight.
A Inglaterra optou por desenvolver um aplicativo centralizado de rastreamento de contato, apesar da estrutura tecnológica dos sistemas da Apple e da Google serem mais suportados por sistemas de países europeus.
Em junho, depois de um teste na Ilha de Wight que revelou a vulnerabilidade do projeto, o governo declarou que mudou para uma abordagem baseada no modelo da Apple e da Google.
Tendo em vista que a Escócia está adaptando o aplicativo usado na República da Irlanda, que utiliza o modelo Apple-Google, o app escocês será compatível com os apps da Irlanda do Norte e de Gibraltar.
A secretária de Saúde da Escócia, Jeane Freeman, afirmou que, além dos aplicativos, o rastreamento manual de contato interpessoal por outros meios será mantido.