Equipe que cuida da transição de governo quer que Petrobras suspenda venda de refinarias até a posse de Lula

Jean Paul Prates (PT), senador que é integrante do grupo de Minas e Energia da transição de governo pelo lado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta terça-feira (22) que a equipe enviará para a Petrobras uma solicitação de que a empresa suspenda a venda de ativos, como refinarias, até a posse do petista no cargo.

Em entrevista coletiva feita nesta terça, o senador afirmou que o pedido foi feito durante uma reunião que contou com a presença de Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia, e será encaminhado para a Petrobras nos próximos dias. “O ministro Adolfo Sachsida vai nos colocar em contato com a Petrobras e nós vamos conversar o quanto antes”, afirmou o senador, que é um dos cotados para assumir o posto de presidente da Petrobras após a posse de Lula.

Hoje, dentre os processos de venda de ativos abertos na Petrobras que o governo eleito pretende suspender está o da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil. Segundo Jean Paulo, na reunião, ele indicou que “esse é um processo complexo”.

“Envolve relações com governo da Bolívia, toda uma programação do sistema de gás com Argentina, Bolívia e Brasil, enfim, não é uma coisa que se possa fazer a toque de caixa, no final do governo”, defendeu o parlamentar. Em outro momento, ao falar das refinarias, o senador ressaltou que não há como frear os processos de venda que estão avançados. Apesar disso, ele defendeu que haja a suspensão para outras que não começaram ou que começaram recentemente.

Por fim, Jean Paul relatou que o pedido de suspensão não significa necessariamente que novas vendas não possam ser feitas, mas sim que o quadro precisa ser reavaliado. “Nós nos manifestamos várias vezes, o presidente Lula também, contra a venda de ativos dessa forma que está sendo feita”, disse.

A partir da gestão de Pedro Parente, ainda na gestão do presidente Michel Temer (MDB), a Petrobras passou a vender ativos que considera mais estratégicos com foco em diminuir a sua dívida, sobretudo depois do escândalo de corrupção que ficou conhecido como petrolão.

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