Entidade revela que deflação de junho teve impacto maior na baixa renda

Dados revelados nesta segunda-feira (24) pela FecomercioSP, entidade que representa os setores de comércio e serviços, das variações do custo de vida por classe social na Grande São Paulo, mostram que a deflação registrada no mês passado serviu para aliviar mais o orçamento das famílias de baixa renda.

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Conforme mostra a FecomercioSP, enquanto os preços dos produtos consumidos pela classe E tiveram, na média, queda de 0,23%, a deflação na Classe A foi de 0,15%. Conforme a entidade, tal fato acontece porque a deflação foi puxada pelos itens que têm maior peso nos gastos das famílias de baixa renda, em especial alimentos e bebidas.

Por outro lado, mostrou a FecomercioSP, preços dos serviços como aluguel, condomínio e passagens aéreas – que são, em geral, despesas de famílias de renda mais alta, registraram alta no mês de junho.

De acordo com o relatório, quando consideradas todas as classes sociais, o custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, recuou 0,09% em junho. Isso, tendo como base o índice elaborado pela FecomercioSP feito a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Em 12 meses até junho, o custo de vida na Grande São Paulo mostra alta de 3,26%, com a inflação da classe E, de 2,33%, também subindo menos do que nas classes B e A, de 3,89% e 4,49%, respectivamente”, explicou a FecomercioSP.

Ainda no relatório, consta que houve, no mês de junho, uma queda média de 0,79% nos preços do varejo. Já na direção contrária, com o impacto da alta das passagens aéreas, os preços dos serviços na região subiram 0,63%, impedindo que fosse registrada uma deflação ainda maior.

Somente no grupo de alimentos e bebidas, os preços caíram, na média, 0,33%. Isso acabou dando a maior contribuição ao desempenho geral, com destaque para as quedas de óleos e gorduras (-6,16%), frutas (-2,73%) e carnes (-1,18%), em decorrência do aumento da produção e da safra recorde deste ano.

“A correção nos medicamentos, após meses de grande aumento nos preços, também contribuiu para aliviar o bolso das famílias de renda mais baixa”, informou a FecomercioSP, explicando ainda que, no grupo de saúde, a deflação em junho foi de 0,47%, incluindo uma queda de 3% nos preços de anti-inflamatórios – no acumulado em 12 meses, mostra o relatório, no entanto, os produtos desse grupo ainda mostram inflação de 9,97%, a mais alta entre as nove categorias analisadas.

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Alisson Ficher

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