Empresas brasileiras captam R$ 505,5 bilhões entre janeiro e setembro

As empresas brasileiras estão alcançando resultados bastante expressivos em 2021. De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as empresas do país captaram R$ 505,5 bilhões entre janeiro e setembro. E o grande destaque do ano é o terceiro trimestre, quando as emissões totalizaram R$ 217,1 bilhões, ou 42,9% da captação nos nove primeiros meses.

A saber, a captação das empresas neste ano também já é superior ao registrado em todo o ano de 2020, quando as emissões chegaram a R$ 433 bilhões. Além disso, a quantidade de ofertas acumuladas entre janeiro e setembro chegam a 1.509. Em todo o ano passado, o número total foi de 1.533.

Vale destacar que a projeção do total do mercado regulado teve forte avanço de 20% na comparação com o mesmo período de 2020. Assim, o valor chegou a R$ 34,3 trilhões neste ano.

Segundo a CVM, os destaques deste ano são os debêntures, que totalizam 338 ofertas em nove meses. O valor total da captação em 2021 chega a R$ 163,1 bilhões. Dessa forma, supera em 114% as emissões registradas em todo o ano de 2020 (R$ 76,2 bilhões), quando houve 187 ofertas.

Em suma, debênture é um título de crédito representativo de um empréstimo que uma companhia realiza junto a terceiros. O debênture assegura a seus detentores o direito de crédito estabelecido na escritura de emissão contra a companhia emissora. Em outras palavras, é um instrumento de captação de recursos no mercado de capitais, utilizado pelas empresas para financiar seus projetos.

Veja mais detalhes das captações das empresas neste ano

Outro dado revelado pela CVM se refere às ações primárias. De janeiro a setembro, 68 empresas começaram a emitir e vender novas ações ao mercado. Com isso, a captação neste ano totaliza R$ 126,4 bilhões e já supera em 59,6% os R$ 79,2 bilhões captados em todo o ano passado, quando houve apenas 36 ofertas de emissão e venda de ações.

Por fim, o levantamento também destacou as emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). No primeiro caso, houve 281 novos CRIs emitidos, cuja captação totalizou R$ 20,5 bilhões. Em todo o ano passado, foram emitidos apenas 129 CRIs, que totalizaram R$ 9,4 bilhões em captação.

Já os CRAs somaram R$ 16 bilhões neste ano graças a 76 ofertas. Em 2020, houve a captação de R$ 7,1 bilhões com as 28 emissões realizadas.

Leia Mais: Salário mínimo pode subir para R$ 1.200 em 2022

Ruan Samarone

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