O Auxílio Emergencial residual é de R$300. Uma cesta básica em Belo Horizonte custa R$553,00. Os números assustam, mas eles representam bem a realidade dos fatos. Para o trabalhador, está cada vez mais difícil comprar comida.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou que uma cesta básica em Belo Horizonte está custando R$553. Isso é bem mais que o Auxílio Emergencial residual de R$300 e um pouco menos do que o Auxílio completo de R$600.
Os dados são do mês de novembro e estão ganhando destaque aqui porque representam um recorde na série histórica na pesquisa. Minas Gerais nunca registrou uma cesta básica tão cara como agora. O crescimento de 33% nos últimos 12 meses, aliás, é acima da inflação.
De acordo com os especialistas, três alimentos subiram muito por lá. O tomate, a carne chã de dentro e a batata. Esse último item merece uma atenção especial. É que o crescimento desse produto por lá se dá porque as condições climáticas afetam principalmente a região produtora.
Mas este não é o único motivo para esse aumento. É que com mais pessoas em casa, aumenta a demanda interna e isso faz os preços subirem. Além disso, é preciso considerar também o aumento na valorização do dólar. Tudo isso faz os preços subirem.
Cesta básica
Esses números não trazem uma boa perspectiva para 2021. É que o Auxílio Emergencial tende a acabar e assim muita gente não vai ter dinheiro para comprar nem cesta cara, nem cesta barata. Essas pessoas estão esperando por uma definição do Governo.
De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), cerca de 38 milhões de brasileiros irão ficar sem nenhum tipo de renda depois do final do Auxílio Emergencial. A aposta do Governo é recuperar a economia, fazer com que essas pessoas consigam um emprego e não precisem mais dessas assistências sociais.