Elon Musk, Twitter e eleição no Brasil, entenda

O dono do Twitter, Elon Musk, disse neste sábado que acredita ser “provável” que os funcionários da empresa de mídia social favoreçam candidatos de esquerda nas eleições gerais do Brasil este ano, mas não ofereceu nenhuma evidência. Musk completou sua aquisição do Twitter em 27 de outubro, poucos dias antes do segundo turno da eleição presidencial, quando o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro foi derrotado pelo candidato por Lula, que obteve 50,90% dos votos válidos.

Relato de Musk

“Ei @elonmusk, você pode descobrir quais outras eleições foram ‘administradas’ pelo antigo regime do Twitter? Obrigado, resto do mundo”, dizia um tweet de Avi Yemini, questionando um usuário sobre as eleições possivelmente “manipuladas” pela administração anterior da empresa. Musk respondeu: “Vi muitos tweets preocupantes sobre as recentes eleições no Brasil”. “Se esses tweets forem precisos, é possível que o pessoal do Twitter tenha dado preferência a candidatos de esquerda”, ressaltou o bilionário. 

Importante destacar que Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões. Desde então, o bilionário proprietário da Tesla e da SpaceX demitiu metade da força de trabalho de 7.500 pessoas da empresa e lançou uma série de mudanças que horrorizaram muitos usuários da plataforma. Além disso, tanto Lula quanto Bolsonaro usaram extensivamente o Twitter durante a campanha, mas alguns dos aliados de Bolsonaro tiveram suas contas suspensas por ordem judicial logo após o segundo turno, por contestar os resultados da eleição.

Musk já havia prometido investigação

No início de novembro o Twitter Brasil suspendeu os perfis de três políticos de direita eleitos recentemente para o Congresso: Carla Zambelli, Gustavo Gayer e Nikolas Ferreira, em resposta a uma demanda judicial. 

Muitos não gostaram da decisão, como Paulo Figueiredo Filho, comentarista da Jovem Pan, que comentou no Twitter: “Ei @elonmusk, sua empresa vem impondo uma censura ideológica draconiana ao direito do povo brasileiro à liberdade de expressão”, tuitou Figueiredo. “Estamos em um momento crítico da nossa história! O que está acontecendo?? Achamos que você comprou o Twitter exatamente por esse motivo! Levante-se e levante a censura AGORA!”

Na época, Elon Musk deu uma simples resposta, dizendo que iria investigar. 

Elon Musk e Bolsonaro

Bolsonaro, que representa o campo de direita da política brasileira e repetidamente fez declarações controversas sobre minorias, mulheres, oponentes políticos e outros grupos, fez uma certa amizade com o dono do Twitter. Em suma, é importante destacar que, no início deste ano, Bolsonaro recebeu Musk em uma reunião no estado brasileiro de São Paulo, quando chamou a aquisição do Twitter pelo bilionário americano de “um sopro de esperança” e o apelidou de “lenda da liberdade”.

João Belarmindo

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