Eleições: institutos não farão pesquisa boca de urna no 2º turno

O segundo turno das eleições, que acontece no próximo domingo (30), não será marcada pela tradicional divulgação de resultados das pesquisas boca de urna após o encerramento da votação. A informação foi revelada nesta sexta-feira (29) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que não recebeu nenhum pedido para que esses levantamentos sejam realizados no domingo.

Tradicionalmente, as pesquisas de boca de urna eram reveladas às 17h, logo após o fim da votação. No entanto, desde 2018, os levantamentos não estão mais sendo realizados. Há quatro anos, somente o Ibope, que hoje é conhecido como Ipec, realizou e publicou o levantamento. No primeiro turno, por exemplo, nenhum instituto fez a pesquisa.

Em entrevista ao portal “UOL”,  Márcia Cavallari, diretora do Ipec,  relatou que, por conta da agilidade na divulgação dos resultados, a pesquisa, que tem um alto custo e grande número de entrevistados, perdeu sua viabilidade. “Na hora que o TSE divulgar a primeira parcial, já vai ser uma quantidade de votos muito maior do que qualquer pesquisa de boca de urna que a gente possa fazer”, relatou ela.

Ainda na entrevista, ela lembrou que, neste ano, um fato que inviabiliza a pesquisa é a mudança no horário e votação, que foi unificado, isto é, todas as seções eleitorais funcionarão das 8h às 17h pelo horário de Brasília, inclusive nas regiões com fuso diferente.

Com esse horário de votação unificado, a apuração acontece simultaneamente em todo o Brasil e, desta forma, não existe mais a necessidade de segurar a divulgação até o fechamento das urnas em estados com fuso diferente.” A contagem de votos e a divulgação parcial dos resultados deve começar às 17h, logo após o fechamento das seções eleitorais. Será muito mais rápida que em eleições anteriores”, relatou a diretora do Ipec.

Na eleição de 2018, na última vez em que a pesquisa de boca de urna foi realizada, o levantamento apontou que o até então candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PL) teria 56% de intenções de votos contra 44% de seu rival à época, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). Na ocasião, 30 mil eleitores foram ouvidos  – o resultado final da eleição foi de 55,13% de Bolsonaro contra 44,87% de Haddad.

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