Eduardo Leite e Simone Tebet temem que rejeição a Sergio Moro contamine Terceira Via

Eduardo Leite (PSDB), ex-governador do Rio Grande do Sul, e a senadora Simone Tebet (MDB), estão temendo que a rejeição ao nome de Sergio Moro (União Brasil) “contamine” a chamada Terceira Via, aliança feita para furar a chamada polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na última sexta-feira (01), Sergio Moro se reuniu com Simone Tebet e no sábado (02) com Eduardo Leite para discutir sobre a aliança. Dos três, Sergio Moro é o que mais enfrenta resistência em seu partido, o União Brasil, para oficializar sua candidatura à presidência.

Isso porque Simone Tebet é pré-candidata ao MDB e Eduardo Leite recebeu recentemente o sinal verde do PSDB para construir sua candidatura, mesmo tendo perdido as prévias da sua legenda para o também tucano João Doria.

Hoje, os dois, segundo a jornalista da “Globo News”, Ana Flor, estão repetindo nos bastidores que preferem a formação de uma chapa sem Sergio Moro, pois existe o temor de que a rejeição dele contamine a Terceira Via.

Hoje, os dois estão repetindo que preferem a formação de uma chapa sem Sergio Moro, pois existe o temor de que a rejeição dele contamine a Terceira Via. (Foto: reprodução)

Segundo a jornalista, no final de semana, Eduardo Leite e Sergio Moro se encontraram, a pedido do ex-ministro, para a retomada das conversas sobre um eventual acordo para a eleição de 2022. No encontro, os dois discutiram os temas que podem causar rejeição aos nomes que vão disputar as eleições presidenciais deste ano.

Ainda na reunião, Eduardo Leite teria afirmado que tem maior viabilidade por ter menor rejeição, pois se vê como um nome capaz de dialogar com os jovens e ser considerado como uma novidade para o eleitor brasileiro. Na visão do ex-governador, o nome de Sergio Moro enfrenta uma rejeição de petistas, por exemplo, por conta de seu histórico na Operação Lava Jato.

Além disso, ele também enfrenta uma forte rejeição dos aliados de Jair Bolsonaro, que o chamam de “traidor” porque ele saiu do governo acusando o presidente de ter tentado interferir na Polícia Federal (PF). Em contrapartida, afirma Ana Flor, Sergio Moro teria levantado alguns temas que poderiam ser explorados por adversários no debate eleitoral, como estratégia para esvaziar o voto do eleitor mais conservador – Eduardo Leite assumiu ser homossexual.

Depois das conversas, Eduardo Leite tem afirmado a aliados que pretende focar suas tratativas com Simone Tebet, pois ambos acreditam que uma aliança com Sergio Moro poderia contaminar a Terceira Via, visto que ele não tem conseguido sequer unir seu partido em prol de sua candidatura.

Leia também: Campanha do TSE incentiva a participação de mais mulheres na política