No domingo (22), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) teve sua entrevista na rede de televisão argentina C5N abruptamente interrompida quando defendeu o porte de armas como uma medida de “legítima defesa”. O parlamentar estava no país vizinho em apoio a Javier Milei, um candidato de direita que adotou propostas semelhantes às do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), incluindo a questão do armamento civil.
Ao chegar ao comitê de campanha de Milei, Eduardo declarou: “Eu acredito que Javier Milei tem todas as condições de implementar essa política, semelhante à do governo Jair Bolsonaro, na Argentina, porque não há motivo para que o Brasil esteja de um jeito e a Argentina esteja enfrentando uma crise. Dar às pessoas o direito de portar armas de fogo é fornecer-lhes a capacidade de exercer a legítima defesa“.
O apresentador da C5N, o jornalista e analista Gustavo Sylvestre, replicou ao comentário de Eduardo: “A Argentina e os argentinos são muito generosos por receber esse tipo de visitante… É por isso que os brasileiros, de maneira lógica, tomaram a decisão de retirar o seu pai do poder, felizmente“.
A entrevista do parlamentar ocorreu em frente ao local da campanha de Milei. Esse local é conhecido como o ‘bunker’, no Hotel Liberdade, localizado em Buenos Aires. Além disso, é importante ressaltar que o C5N é um dos canais de televisão mais influentes da Argentina.
No domingo, Eduardo Bolsonaro e outros parlamentares brasileiros estiveram na Argentina para manifestar seu apoio à candidatura de Milei. Então, como revelado na Coluna do Estadão, um grupo de 69 deputados assinou uma carta a ser entregue ao candidato defensor do liberalismo.
O documento critica o atual presidente argentino, Alberto Fernández, um dos principais aliados do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na América Latina. Os deputados mencionam a alta taxa de inflação e tentam estabelecer conexões entre a esquerda argentina e regimes autoritários.
Aproximadamente 35,3 milhões de eleitores argentinos estavam habilitados para votar nas eleições do domingo, 22 de outubro, que abrangem a escolha do novo presidente do país, bem como senadores, deputados e autoridades locais em algumas províncias. Essas eleições gerais ocorrem em um contexto de grave crise econômica.
Sendo assim, o voto é obrigatório para cidadãos entre 18 e 70 anos, com multas leves previstas para aqueles que não cumprirem essa obrigação. Além disso, jovens de 16 a 18 anos e adultos acima de 70 anos têm o direito de voto como opcional. Então, durante as eleições primárias realizadas em agosto, quando os candidatos presidenciais foram escolhidos, a taxa de abstenção atingiu 30,4%, um recorde, por exemplo.
Autodenominado “anarcocapitalista”, Milei costuma expressar-se de forma assertiva e se posiciona como um representante do liberalismo extremo. Suas propostas incluem a drástica redução de subsídios e do aparato estatal. Em seu discurso, ele já propôs o fechamento do Banco Central, a saída do Mercosul e a dolarização da economia. Essas medidas vistas como inviáveis por economistas menos radicais.
Ele ganhou notoriedade ao dar uma série de entrevistas polêmicas e foi eleito deputado em 2021, após anunciar sua candidatura à presidência em 2023. Nas primárias, foi o candidato mais votado, com cerca de 30% dos votos.
Em segundo lugar nas primárias, com 28%, e logo atrás nas pesquisas, está o atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, do partido peronista União pela Pátria. Trata-se de um político experiente, advogado, que venceu as primárias de seu partido após três tentativas. Além disso, ele já foi presidente da Câmara dos Deputados. Também não é visto como o responsável pela atual crise na Argentina. Isso embora tenha assumido o Ministério da Economia há um ano, quando a situação cambial estava fora de controle.
No campo conservador, temos Patricia Bullrich, da coalizão Juntos pela Mudança. Ex-ministra da Segurança no governo Macri (2015-2019), ela é cientista política e jornalista nascida em Buenos Aires. Além disso, é originária de uma antiga família argentina com tradição no comércio de gado. Bullrich está envolvida na política desde a adolescência. Assim, ela se apresenta como uma liberal com inclinação para a “ordem”, tendo passado da Juventude Peronista para o conservadorismo.
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As eleições na Argentina são realizadas em diferentes níveis, abrangendo eleições presidenciais, legislativas e locais. Então, aqui está um resumo de como funcionam as eleições na Argentina:
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Assim, as eleições na Argentina são uma parte fundamental do processo democrático do país, permitindo que os cidadãos escolham seus líderes e representantes em diferentes níveis de governo.
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