A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou nesta sexta-feira (17) os dados mais recentes de seu Monitor do PIB-FGV. De acordo com a entidade, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,7% em outubro deste ano na comparação com o mês anterior. A saber, a economia brasileira havia avançado 0,3% em setembro.
Em contrapartida, a FGV revelou que o Monitor do PIB subiu 1,0% no trimestre móvel encerrado em outubro, em relação ao trimestre móvel anterior. Já em relação aos dados de 2020, os resultados também ficaram positivos. Nesse caso, a economia cresceu 2,3% na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2020, mas ficou estagnado em relação a outubro do ano passado.
“A economia brasileira continua estagnada com declínio em outubro comparado a setembro e paralisada em relação ao mesmo mês do ano passado. Há de se levar em conta que o mês de outubro do ano passado teve resultado negativo o que tornaria mais fácil crescer este ano”, explicou o coordenador do Monitor PIB-FGV, Claudio Considera.
“Considerando a comparação mensal, os serviços cresceram puxados por Outros Serviços; a única exceção foi o Comércio. A indústria apresentou resultado negativo puxado pela forte queda da indústria de transformação, enquanto a agropecuária apresentou forte crescimento”, acrescentou Considera.
“A taxa acumulada em doze meses que foi negativa desde abril de 2020 até a de abril deste ano, continua crescendo a taxas decrescentes e em outubro foi positiva em 4,2%, indicando para este ano uma taxa de crescimento em torno desta”, disse o coordenador.
Segundo os dados do levantamento, o consumo das famílias cresceu 1,9% no trimestre móvel, quando comparado ao mesmo período de 2020. Inclusive, este componente de serviços foi o único a registrar crescimento no período. A saber, o consumo das famílias teve alta de 0,6% em relação ao trimestre móvel anterior, na série com ajuste sazonal.
Já o indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 8,6% no trimestre encerrado em outubro, na comparação anual. Aliás, esse foi o 12º mês seguido de crescimento de todos os componentes do indicador nessa base comparativa. No entanto, a FGV destaca a forte queda nas taxas de crescimento a partir de junho.
Por fim, vale ressaltar que a exportação cresceu 5,7% no trimestre móvel graças ao componente de serviços, que disparou 31,3%. Contudo, as exportações caíram na comparação trimestral (-0,8%). Já a importação saltou 20,9% em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2020, mas teve retração de 0,3% no comparativo trimestral.
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