O dólar comercial encerrou o pregão desta quinta-feira (4), com leve queda de 0,10% e está cotado a R$ 5,6602. A saber, na semana, acumula ganhos de 0,99%, enquanto, na parcial do ano, está 9,12% mais caro.
O dia ficou marcado por uma notícia negativa para o dólar vinda do exterior, com os mercados reagindo mal às declarações de Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. Somado a isso, a aprovação da PEC Emergencial no Senado Federal foi bem vista pelos investidores. Contudo, apesar destas notícias enfraquecerem o dólar, a situação do Brasil não permitiu uma queda mais intensa da moeda americana nesta quinta.
Em resumo, Powell endereçou a alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano com a trajetória da inflação no país. Isso provocou apreensão no mercado, uma vez que o pacote trilionário de Joe Biden abre possibilidades para isso. A elevação dos rendimentos indica uma futura, e talvez próxima, elevação dos juros. Powell afirmou, como vem fazendo todas as semanas, que os juros subirão apenas quando o emprego voltar a um bom nível nos EUA. Mas isso não vem convencendo os investidores tanto assim, que temem uma inflação mais alta em pouco tempo.
Nesse caso, a elevação dos rendimentos acaba pressionando moedas emergentes, como o real. Ao mesmo tempo, os riscos internos impedem que a moeda americana recue mais intensamente, pois muitos não confiam numa recuperação rápida do país.
Além disso, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que pode possibilitar o retorno de parcelas do Auxílio Emergencial, também foi destaque no dia. A PEC não é o auxílio em si, mas sim o dispositivo para que o auxílio volte. Em geral, os economistas torcem pela aprovação desse texto, que, por sinal, ficou mais enxuto e facilitou a votação da proposta. Assim, a PEC já passou pela aprovação do Senado, em dois turnos, e agora segue para a Câmara dos Deputados. Ela também passará por dois turnos de votação, que deve ocorrer na próxima semana.
Mesmo envolvendo despesas menores, o retorno do auxílio ainda preocupa. Em suma, os investidores torciam para que houvesse respeito ao teto de gastos, tido como a âncora fiscal do país atualmente. Ao mesmo tempo, temiam o impacto que essas novas rodadas do benefício poderiam causar nos cofres públicos. E, claro, qual mágica precisaria ser feita para que as despesas coubessem dentro do teto de gastos, sem pedaladas fiscais ou excepcionalidades. Agora, o texto mais enxuto parece ter agradado o mercado. Mas isso não muda a situação do Brasil, com elevação da dívida pública e a pandemia avançando a cada dia, parecendo cada vez mais longe do fim.
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