O dólar comercial continua a trajetória descendente que teve início em novembro. Em resumo, a moeda norte-americana caiu 2,21% nesta terça-feira, dia 1º, e está cotado a R$ 5,228. A saber, este é o menor nível da divisa desde o dia 31 de julho. Ou seja, há quatro meses que a moeda não fica barata como atualmente está.
Um dos principais motivos da retração do dólar é a entrada de capital estrangeiro em mercados emergentes, como o Brasil. E isso acontece, pois os investidores estão com uma sensação menor de pessimismo, somada à intenção de adquirir ativos de risco, ante o “porto seguro” que é o dólar.
Veja o que contribuiu para a retração do dólar
A terça-feira ficou recheada de notícias que aumentaram o otimismo dos mercados. A segunda maior economia mundial, a chinesa, apresentou expansão, segundo os primeiros resultados divulgados. Ao mesmo tempo, dados sobre a indústria manufatureira norte-americana também segue em tendência de expansão. Além disso, a nova secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, indica urgência para socorrer a economia americana. Ou seja, o pacote de estímulos dos EUA está mais próximo que nunca.
Em resumo, as expectativas para liberação de vacinas contra a Covid-19 já neste mês de dezembro impactaram ainda mais o resultado do dia. Com isso, os mercados ficaram bastante otimistas. Pedidos de farmacêuticas, de urgência, para iniciar a venda e a aplicação das vacinas também empolgaram os investidores. Caso haja confirmação das solicitações, o esperado é que as primeiras doses possam ser aplicadas em pessoas dos Estados Unidos e da Europa.
Por fim, no ambiente doméstico, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou que o auxílio emergencial deverá acabar, de fato, no final de 2020. Isso traz alívio tanto ao mercado de juros quanto ao de câmbio.
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