Após dois pregões de alta, o dólar comercial voltou a cair nesta quarta-feira (18). O tombo foi grande, de 1,70%, e fez a moeda norte-americana fechar o dia cotada a R$ 5,4654. Aliás, esse é o menor patamar de fechamento da divisa desde 12 de novembro (R$ 5,4569). Já a queda é a mais intensa desde o último pregão de 2021, em 30 de dezembro, quando o dólar tombou 2,11%.
A sessão de hoje ficou marcada pela correção global para baixo da divisa americana. Com o acréscimo do resultado, o dólar passa a acumular queda de 1,96% em 2022 ante o real. Por falar na moeda brasileira, o real liderou os ganhos desta quarta entre as principais moedas globais.
Em resumo, os investidores continuaram repercutindo o protesto de servidores públicos federais que ocorreu na véspera. A saber, a manifestação na porta do Banco Central tinha como principal reivindicação um reajuste salarial de 28% para os servidores.
Esse cenário preocupou o mercado e fez o dólar subir no pregão de ontem (18). Em suma, os investidores temem o aumento de salários, pois isso ocorre através da elevação de gastos públicos. Inclusive, a credibilidade fiscal do Brasil ficou bastante afetada no ano passado devido à promulgação da PEC dos Precatórios, cujo principal objetivo era financiar o Auxílio Brasil, ou seja, elevar os gastos do governo federal.
Na terça, Mourão afirmou que não havia espaço no Orçamento da União para aumento dos salários dos servidores. Os analistas veem o cenário como uma prova para o governo federal seguir no processo de consolidação fiscal no ano. Resta saber se não haverá reajustes.
Além disso, o Banco Central (BC) fez um leilão de até 17 mil contratos de swap cambial tradicional. O vencimento dos papéis é para 2 de março deste ano. Em suma, o BC faz intervenções no mercado de câmbio em momentos de forte alta do dólar para enfraquecer a moeda.
Por fim, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) divulgou nesta quarta os dados de novembro do Monitor do PIB-FGV. A saber, a economia brasileira cresceu 1,8% no penúltimo mês de 2021, revertendo a trajetória de queda e estagnação observada desde abril.
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