Dólar cai nesta segunda (22) e fecha dia cotado a R$ 5,59

O dólar interrompeu uma sequência de cinco altas e caiu no pregão desta segunda-feira (22). A saber, a moeda norte-americana iniciou a semana em queda de 0,27%, cotada a R$ 5,5930. Isso ocorreu porque foi um dia de correção pelos recentes avanços da divisa.

Embora tenha recuado nesta segunda, o dólar ainda acumula uma expressiva valorização de 7,82% ante o real em 2021. Da mesma forma, a moeda americana também registra um forte desempenho no exterior. A propósito, a divisa alcançou uma máxima de 16 meses ante uma cesta de moedas rivais no pregão de hoje.

Em resumo, o que mais repercutiu na sessão foi a nomeação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para o cargo de chair (presidente do conselho de administração) do Federal Reserve (Fed), banco central americano. E Biden renovou o mandato de Jerome Powell, atual chair do banco, por mais quatro anos. Decisão ainda depende do Senado norte-americano.

Nesse cenário, os investidores acreditam que a alta de juros pode ter início antes do esperado. Em suma, o Fed começará o processo de redução de estímulos na economia americana em dezembro. Atualmente, o banco injeta US$ 120 bilhões por mês no país através da recompra de títulos. No entanto, reduzirá US$ 15 bilhões mensalmente até que as injeções cessem de vez.

Quando isso ocorrer, em meados de 2022, o Fed deverá começar a elevar os juros básicos no país, que estão em níveis baixíssimos. Nesse cenário, o dólar se torna mais atrativo, pois passa a render mais para os investidores. E isso fez a moeda subir no exterior. Aqui, a divisa não subiu pois foi um dia de ajustes.

Cenário doméstico continua fortalecendo dólar

Embora um fator externo tenha prevalecido nesta segunda, os investidores não tiram sua atenção da PEC dos Precatórios. A saber, a proposta adia o pagamento dos precatórios (dívidas da União já reconhecidas pela Justiça) e altera o teto de gastos (regra que limita as despesas do governo à inflação de 12 meses).

O principal objetivo da medida é disponibilizar mais dinheiro para que o governo aumente os gastos em ano eleitoral. Aliás, a PEC é a principal aposta do governo para pagar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família. E o principal objetivo da medida, segundo analistas, é angariar votos para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

O problema é que o aumento dos gastos públicos eleva a inflação, que já se encontra nas alturas no país. Como consequência, o Banco Central (BC) eleva os juros básicos no Brasil. Inclusive, o BC elevou os juros seis vezes apenas neste ano. Isso até torna o real mais atrativo, pois os retornos para os investidores são maiores, mas nem isso está enfraquecendo o dólar nos últimos tempos.

Leia Mais: Lançamentos de imóveis residenciais crescem no terceiro trimestre

Ruan Samarone

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