Dólar afunda no dia com maior otimismo no cenário externo

O dólar comercial encerrou o pregão desta sexta-feira (5) no vermelho. A moeda norte-americana caiu 1,21% no dia e está cotada a R$ 5,3831. E o principal fator que tirou uma pressão maior no câmbio foi o otimismo do cenário externo. Ao mesmo tempo, os bons ares soprados por Brasília estão elevando o ânimo dos investidores. E o resultado disso é o enfraquecimento do dólar ante o real brasileiro.

Em resumo, muitos investidores passaram o dia atentos à divulgação de informações vindas dos Estados Unidos em relação à criação de vagas de trabalho. Isso porque os dados poderiam indicar que o momento mais duro da pandemia da Covid-19 no país ficou pra trás e que o mercado de trabalho poderia estar se estabilizando. No entanto, os resultados ficaram abaixo do esperado pelo analistas.

Dessa forma, há um reforço para a necessidade da rápida liberação do pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão para a economia do país. As negociações estão avançando, mas ainda há muitos contrapontos ao valor do pacote, e isso acaba tornando os trâmites mais lentos.

Outra notícia muito aguardada vinda dos Estados Unidos foi sobre o desemprego no país. A saber, a taxa recuou 0,4 ponto em janeiro deste ano, ficando em 6,3% da população norte-americana. Este é o menor valor desde abril de 2020, quando a taxa chegou a 14,7%. E, apesar de registrar quedas constantes a partir deste mês, o valor ainda está muito acima do verificado em fevereiro (4,4%), antes da pandemia da Covid-19.

 

Cenário doméstico influencia dólar

Além disso, aqui, no Brasil, o risco fiscal ainda é grande e muitos investidores não deixam de voltar suas atenções para essa questão. Contudo, os presidentes recém-eleitos da Câmara dos Deputados, o deputado Arthur Lira (PP), e do Senado Federal, o senador Rodrigo Pacheco (DEM), são aliados políticos do presidente Jair Bolsonaro. E, por essa razão, muitos acreditam que haverá menos ruídos entre os poderes Executivo e Legislativo.

Por fim, pautas de grande apelo para os mercados estão, aparentemente, mais perto de serem discutidas e votadas. Por exemplo, a da PEC Emergencial, que objetiva cortar gastos no curto prazo, e a de venda de estatais, em especial a da Eletrobras.

 

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