Na última quinta-feira (21), o ex-presidente Michel Temer (MDB) havia afirmado que a também ex-presidente Dilma Roussef é “honestíssima”, mas que não soube se relacionar com o Congresso e caiu por um conjunto de fatores que influenciaram as pressões nas ruas.
No entanto, nesta sexta-feira (22), Dilma se pronunciou através de uma carta publicada em suas redes sociais. Nela, a ex-presidente chamou o ex-aliado de traidor, alegando que ele não poderia embasar o impeachment dentro de uma democracia.
“A história não perdoa a prática da traição. O senhor Michel Temer não engana mais ninguém”, disse Dilma”. Lembro ainda que “a dificuldade de diálogo com o Congresso não é razão legal e constitucional para impeachment em um regime presidencialista, como ele bem sabe”, completou.
De acordo com Dilma, a “tal ‘dificuldade’ era uma integral rejeição às práticas do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, criador do Centrão, que queria implantar com o meu beneplácito o ‘orçamento secreto’, realizado, hoje, sob os auspícios de um dos seus mais próximos auxiliares na Câmara Federal”.
Na carta publicada, a ex-presidenta da república solicitou que Temer parasse de tentar usar a imagem de Dilma para “limpar sua condição de golpista”, tendo classificado Temer como “um dos maiores traidores de todos os tempos”.
“Eu agradeceria que o senhor Michel Temer não mais buscasse limpar sua inconteste condição de golpista utilizando minha inconteste honestidade pessoal e política. É justamente essa qualidade que despreza, rejeita e repudia uma avaliação que parte de alguém que articulou uma das maiores traições políticas dos tempos recentes”, escreveu Dilma.
Em fala realizada ontem, Temer classificou as pedaladas fiscais como uma questão “extremamente técnica”, mantendo o posicionamento de que não houve golpe em 2016, mas sim um “cumprimento da Constituição Federal”.
“Às vezes falam de corrupção, mas é mentira. Ela (Dilma) é honesta. O que eu sei e pude acompanhar, embora estivesse à margem do governo e embora fosse vice-presidente, não há nada que possa apontá-la como corrupta. Para mim, honestíssima. Houve problemas políticos. Ela teve dificuldade no relacionamento com o Congresso Nacional, teve dificuldade no relacionamento com a sociedade e teve as chamadas ‘pedaladas’, uma coisa extremamente técnica, decretada pelo Tribunal de Contas da União. Esse conjunto de fatores é que levou multidões às ruas”, afirmou Temer.
Temer também rejeitou a ideia defendida pelo PT de que ele foi um dos articuladores do impeachment de Dilma, classificado, hoje, como golpe para muitas pessoas. “Não participei de golpe nenhum. Quando começou a chamada procedência de acusação na Câmara dos Deputados, eu vim para São Paulo e fiquei no meu escritório por várias semanas por uma razão que, eu reconheço, existe: que o vice é o primeiro suspeito. Só voltei na última semana, quando todos me procuraram e avisavam que eu precisava estar em Brasília, porque a Câmara ia votar procedente a acusação para depois remeter ao Senado. Não participei de golpe coisa nenhuma e nem acho que teve golpe. O que teve foi cumprimento da Constituição Federal”.
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