O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou nesta última segunda-feira (08) a pesquisa com os preços da cesta básica em 17 capitais do país e mostrou que o trabalhador gastou, em janeiro, aproximadamente, 55% do salário mínimo líquido para comprar os produtos essenciais.
A pesquisa dos preços da cesta básica foi realizada em São Paulo, Belém, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Natal, Salvador, Florianópolis, João Pessoa, Aracaju, Vitória, Curitiba, Campo Grande, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Brasília.
De acordo com a pesquisa de preços da cesta básica de janeiro, o trabalhador brasileiro precisa de, no mínimo, 450,84 reais para comprar uma cesta básica para alimentar um adulto. Para realizar a pesquisa o DIEESE leva em conta a alimentação essencial de um trabalhador adulto e a cesta contém 13 variedades de produtos alimentícios, como arroz, óleo e feijão.
O preço da cesta básica mais cara, em janeiro, foi R$654,15, na capital paulista. Já, a mais barata foi em Aracaju e custou R$450,84. Levando em conta os valores da cesta básica mais cara, o trabalhador precisaria ganhar um salário mínimo de R$5.495,52, ou seja, 5 vezes maior do que o atual, para conseguir manter uma família de 2 adultos e 2 crianças.
O açúcar foi o item da cesta básica que mais aumentou, sendo que seu valor subiu em 15 das 17 capitais pesquisadas. A carne bovina de primeira sofreu um aumento em 14 das 17 capitais, sendo que a maior taxa foi em Curitiba, onde o valor subiu 6%.
Comparando os produtos com a última pesquisa de preços da cesta básica, ou seja, do mês de dezembro, temos que o tomate (23,04%), a batata (8,53%), o açúcar (6,87%) e a banana (3,96%) foram os produtos que mais aumentaram no período. Já, os que mais caíram de preço foram o pó de café (- 3,14%) e o feijão carioquinha (- 0,85%).
Por fim, de acordo com a pesquisa, o cidadão brasileiro que recebe um salário mínimo precisa trabalhar, em média, 130 horas e 50 minutos para comprar uma cesta básica.
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