Detentas do presídio em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, denunciaram que Monique Medeiros, presa pela morte de seu filho, o menino Henry Borel, de quatro anos, praticou “atos libidinosos” na cadeia com um advogado. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap-RJ), um procedimento para investigar os relatos foi aberto.
Neste sábado (05), uma matéria do portal “G1” revelou que Monique Medeiros vive hoje em uma cela com seis detentas. De acordo com o site, uma das denunciantes é Elaine Lessa, mulher do agente da Polícia Militar (PM) Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Segundo ela e outras colegas, Monique teria usado “roupas inadequadas” na visita de um advogado que, segundo a mãe de Henry Borel, era “apaixonado por ela” e faria de tudo para que ela saísse da cadeia. Conforme essas presas, Monique Medeiros disse que o advogado teria se masturbado enquanto ela exibia os seios.
Este ato, segundo as detentas, teria acontecido em um local chamado “parlatório”. Por lá, os presos ficam separados por um vidro que evita o contato direto entre eles e seus defensores – não há câmeras no local. Durante as denúncias, as mulheres não especificaram quando o ato teria ocorrido e nem quem era o advogado de defesa de Monique envolvido.
Em nota, a Seap afirmou que “um procedimento disciplinar foi aberto pela pasta”. Por conta da denúncia, Monique Medeiros terá que falar na Comissão Técnica de Classificação (CTC) da secretaria. Caso ela receba alguma punição, a infração será anotada na ficha dela.
Segundo as informações, esse registro poderia atrapalhar no índice de comportamento de Monique, sistema que é usado para a concessão de benefícios, como a progressão de regime. Até o momento, não há informações sobre o advogado, mas a Seap revelou que a pasta oficiou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro para que a entidade apure o fato.
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