Desemprego se mantém estável no Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (17), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Segundo a pesquisa, a taxa de desemprego ficou em 8,4% no trimestre móvel, encerrado em janeiro, se mantendo estável em relação ao trimestre anterior, encerrado em outubro (8,3%).

No entanto, o desemprego para o trimestre móvel ficou um pouco acima do consenso apontado pela Refinitiv (8,3%). Os dados representam que o número de pessoas desocupadas no país é de 9 milhões. Na comparação anual, a que é de 3 milhões, quando 12 milhões de pessoas estavam em situação de desemprego.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora do estudo, o movimento de estabilidade se justifica pela redução de procura por trabalho nos meses de novembro e dezembro de 202 sobre o início de 2023. No entanto, pelo lado da ocupação, Beringuy afirmou que o registro é de queda para o trimestre móvel.

“Se pelo lado da desocupação há uma estabilidade, pelo lado da geração de trabalho o movimento já é de perda de ocupação. Observamos, assim, dois panormas: em uma análise de mais curto prazo é observada uma queda na formação de trabalho, enquanto no confronto com um ano atrás o cenário ainda é de ganho de ocupação”, disse a coordenadora.

Desemprego se manteve estável, mas renda média subiu

Embora o desemprego tenha se mantido estável entre os trimestres, o rendimento real habitual cresceu 1,6% no período terminado em janeiro, saltando para R$2.835. Já na comparação anual, a alta foi de 7,7%. Para a coordenadora da pesquisa, os setores que mais influenciaram neste crescimento foram: alojamento e alimentação, administração pública, saúde, educação e serviços domésticos.

“Há alguns trimestres observamos um crescimento importante no rendimento dos trabalhadores, com o trimestre encerrado em janeiro sendo a terceira observação”, disse Beringuy. A taxa de subutulização caiu para 18,7% no período, isso significa que a quantidade de pessoas que está trabalhando menos do que poderia diminuir.

A pesquisa também apontou o número de pessoas desalentadas, ou seja, que fazem parte da força de trabalho potencial e que gostariam de trabalhar, mas não buscaram um posto por entenderem que não teriam êxito. Sâo cerca de 4 milhões de pessoas nesta situação atualmente, o que representa uma redução de 5,3%, o que equivale a aproximadamente 220 mil pessoas, em relação ao trimestre móvel anterior.

A queda de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 36,8 milhões. O valor representa uma alta de 6,5% na comparação anual, ou seja, 2,3 milhões de empregaos dentro da CLT. Já os empregados sem carteira (os informais), atingiu o número de 13,1 milhões. O valor aponta estabilidade em relação ao trimestre anterior. No entanto, em relação a 2021, cresceu 5,9%, cerca de 725mil pessoas.

Nesse sentido, a taxa de informalidade foi de 39% da população ocupada, contra 39,1% no trimestre anterior e 40,4% no mesmo período de 2021 e 2020. O valor representou 38,5 milhões de trabalhadores informais no período. A PNAD divulga frequentemente os dados sobre emprego e desemprego no país, servindo de um subsídio relevante para o governo tomar ações em relação à economia brasileira.

 

João Belarmindo

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