Demanda por crédito pessoal dispara 14,2% em setembro

A busca por financiamento no Brasil teve um crescimento expressivo em setembro deste ano. A saber, a demanda por crédito pessoal disparou 14,2% no mês, quando comparada ao mesmo período de 2020. Pelo menos é o que mostra o Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian.

Vale destacar que a demanda por crédito havia crescido 5% em setembro de 2020, avanço quase três vezes menor que a registrada neste ano. Isso indica que nem mesmo o avanço da vacinação no país contra a Covid-19 conseguiu reduzir a busca por crédito.

Na verdade, o Brasil vem sofrendo com uma inflação bastante elevada, sem expectativas de redução num futuro próximo. Esse cenário impulsiona os juros praticados no país, que reduzem o poder de compra do consumidor. Por isso, a demanda por crédito pessoal disparou em setembro.

De acordo com projeções de analistas, a demanda por crédito deve continuar forte nos últimos meses de 2021. No entanto, não deve ter o mesmo ímpeto que o observado nos primeiros meses do ano.

Consumidores de renda mais baixa impulsionam demanda

Segundo o levantamento, consumidores que possuem renda mensal de até R$ 500 foram os principais responsáveis pelo alto resultado em setembro. Em suma, a demanda por crédito pessoal cresceu 21,3% nessa faixa de renda. Já o aumento da busca entre os consumidores que recebem de R$ 500 a R$ 1 mil foi de 14,9% no mês.

Entre as regiões do país, a demanda por crédito cresceu mais expressivamente no Nordeste (+21,8%). Já o Norte ficou em segundo lugar, com o crescimento bastante parecido com o do Nordeste (+21,2%). Vale ressaltar que a Serasa Experian destacou que houve aumento da procura por crédito pessoal em todas as regiões do país.

Por fim, o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, destacou a alta inflação do país como principal fator para o aumento da demanda por crédito pessoal.

“O aumento dos preços que está encarecendo a vida financeira da população contribuiu consideravelmente para este aumento. Em muitos casos o consumidor não consegue se manter com seus recursos fixos mensais e com isso, buscam por soluções adicionais para complementação da renda”, disse Rabi.

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