Demanda por bens industriais cresce 7,2% em 2021, diz Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) informou que a demanda por bens industriais cresceu 7,2% em 2021, na comparação com o ano anterior. A saber, os dados se referem ao Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais.

De acordo com o levantamento, o indicador cresceu 2,0% em dezembro, em relação a novembro. Esta foi a segunda alta seguida e fez o índice fechar o trimestre com ganhos um pouco mais tímidos, de 1,0%, devido à queda de 1,7% registrada em outubro.

Por outro lado, a demanda em dezembro por bens industriais caiu 1,7% na comparação com o mesmo mês de 2020. Da mesma forma, o resultado trimestral também ficou negativo (-2,6%) em relação ao quarto trimestre de 2020.

Em suma, o consumo aparente é composto pela demanda por bens nacionais e importados. O Ipea revelou que, em dezembro de 2021, o consumo de bens nacionais cresceu 2,1% na base mensal, mas caiu 3,8% na anual. Em contrapartida, a demanda por bens importados caiu 1,6% na comparação mensal, mas cresceu 6,7% na anual.

Com o acréscimo destes resultados, o consumo de bens nacionais fechou o ano passado em alta de 3,7%. Já a demanda por bens importados disparou 24,1% em um ano. Em resumo, isso aconteceu devido à pandemia da Covid-19, que afetou fortemente o comércio exterior em 2020, o que fez a base comparativa ficar bastante fraca.

Veja relação do Indicador Ipea com pesquisa do IBGE

O Ipea também fez uma comparação do seu indicador com os dados da produção industrial divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do IBGE, a indústria brasileira cresceu 3,9% em 2021, taxa quase duas vezes menores que a calculada pelo indicador do Ipea.

Em relação às grandes categorias econômicas, o desempenho cresceu em todos os setores pesquisados. A única exceção foi o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, que teve leve queda de 0,7%. Já o principal destaque positivo ficou com o segmento de bens de capital, que disparou 8,4% em dezembro, na comparação com o mês anterior.

Por outro lado, o resultado na base anual ficou negativo na maioria dos segmentos pesquisados. Houve um único setor que conseguiu avançar em relação a dezembro de 2021, o de bens intermediários (+0,4%).

Leia Mais: Paralisação de servidores federais afeta 96% das indústrias brasileiras

Ruan Samarone

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