Demanda global por petróleo deve atingir níveis pré-pandêmicos no início de 2022

A demanda global por petróleo deve voltar ao nível anterior da pandemia da Covid-19 no início de 2022. Pelo menos é o que projetam produtores e traders do setor. Inclusive, essa estimativa vem em linha com a previsão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). No entanto, fica à frente das estimativas da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

No pregão de ontem (28), o preço do barril Brent, que é a referência internacional, chegou aos US$ 79,09 na ICE, em Londres. Esse patamar é o maior dos últimos anos e contrasta com a realidade vivida pelo setor em abril do ano passado. Em resumo, a decretação da pandemia, em março de 2020, fez o preço do barril de petróleo afundar para menos de US$ 20, menor nível em 18 anos.

A saber, uma das principais razões para esse tombo foi justamente a queda expressiva da demanda global. À época, as incertezas em torno da crise sanitária e os lockdowns adotados em diversos países fez o mundo esquecer quase completamente o petróleo.

“Nós testemunhamos muita destruição da demanda como consequência da redução da atividade econômica, interrupção do transporte, interrupção do fluxo livre de mercadorias… Mas isso já passou”, disse Alan Heng, CEO interino da Pavilion Energy de Cingapura.

“Estamos lidando com o período pós-pandemia e aprendendo a conviver com o vírus… A demanda de energia começou a aumentar e isso é uma boa notícia para nós”, acrescentou Heng.

Capacidade de produção ainda pesa nas projeções para a demanda

Embora as expectativas em relação a demanda se fortaleçam cada vez mais, a capacidade de produção ainda é um problema. O consumo de petróleo continua subindo, com a abertura das fronteiras dos países, o que aumento o uso de combustíveis por aeronaves. Ao mesmo tempo, a procura por diesel e gasolina também crescem, impulsionada pelo abrandamento de medidas restritivas pelos países.

Contudo, a capacidade de refino de petróleo continua ociosa ao redor do mundo. De acordo com especialistas, isso é um verdadeiro obstáculo para atender a crescente demanda pela commodity. Nesse caso, a expectativa é que as refinarias utilizem seus lucros, que vêm crescendo nos últimos tempos, para criar espaço para novas produções.

Leia Mais: Preços das indústrias extrativas disparam 68,5% no ano, aponta IBGE

Ruan Samarone

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