A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) publicou, nesta quinta-feira (14), uma carta reagindo ao reajuste salarial bem abaixo do esperado proposto pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Com “indignação”, delegados da corporação afirmam que o ato foi uma “quebra desleal de compromisso”.
Na quarta (13), Bolsonaro aprovou um reajuste de 5% para todos os servidores públicos federais a partir de julho, o que custará R$ 6,3 bilhões em 2022 aos cofres públicos. Para representantes de sindicatos e associações, o porcentual é insuficiente e não repõe sequer as perdas inflacionárias nos últimos anos.
“A ADPF manifesta sua total indignação e repúdio à notícia de que o Governo Federal não cumprirá com o compromisso firmado pelo presidente da República de promover a reestruturação das forças policiais da União”, publicou a associação.
“Se a informação se confirmar, haverá uma quebra desleal do compromisso que será sentida ainda mais depois das diversas perdas sofridas pelos policiais federais durante este governo, que sempre teve entre suas bandeiras a segurança pública”, acrescenta a entidade.
De acordo com o portal “UOL”, Bolsonaro esteve na quarta com Paulo Guedes, ministro da Economia. No encontro, ele foi aconselhado a utilizar recursos que venham por conta de cortes em emendas de parlamentares para bancar o reajuste concedido aos servidores.
Hoje, o governo corre para anunciar o aumento para tentar colocá-lo em prática na folha de pagamento de julho, pois a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede aumentos de salário a menos de 180 dias do fim de um mandato presidencial.
Desde o ano passado o tema reajuste aos servidores está em pauta. Isso porque Bolsonaro prometeu um reajuste salarial exclusivo para os agentes de segurança pública. A ideia, no entanto, acabou não indo adiante porque as demais categorias se rebelaram com o intuito de que o aumento também fosse estendido para elas.
No mês passado, Bolsonaro, em uma tentativa de manter o apoio de parte importante de sua base eleitoral, tentou mais uma vez garantir o reajuste exclusivo, mas sem sucesso. Na oportunidade, ele até chegou a reclamar do impedimento de conceder o aumento aos agentes de segurança pública. “Por que não podemos ajudar uma categoria? Por todos tem que ser prejudicados?”, questionou o chefe do Executivo.
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