Decreto de Lula autoriza Brasil a voltar a comprar energia da Venezuela

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinaram nesta sexta-feira (04) um decreto que autoriza o Brasil a voltar a comprar energia da usina de Guri, localizada na Venezuela – logo nos primeiros meses de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o fornecimento de energia da usina em questão foi interrompido e nunca mais foi retomado.

De acordo com o chefe da pasta, o decreto fará com que seja possível conseguir energia barata e sustentável para o estado de Roraima e para o Brasil como um todo. “O decreto permitirá realizar contratos para a trazer energia limpa e renovável da Venezuela, da usina de Guri, que volta a ter um papel importante para garantir energia barata e sustentável para Roraima e para o Brasil”, disse Alexandre Silveira.

Em nota, o governo federal relatou que a conexão entre os países poderá ser mais explorada em breve. Ainda conforme o comunicado, isso favorecerá, sobretudo, o atendimento eletroenergético do estado de Roraima. Hoje, Roraima é a única unidade da federação que está desconectada do sistema interligado nacional – por conta disso, por exemplo, até o começo de 2019, antes da suspensão decretada pela gestão Bolsonaro, a maior parte do atendimento aos consumidores locais era feita por meio da transferência de energia de Guri.

Para o ministro de Minas e Energia, houve “extremismo ideológico” da administração de Bolsonaro e, em sua visão, quem perdeu foram os consumidores brasileiros – com a usina da Venezuela barrada, Roraima passou deixou de usar energia sustentável para contar basicamente com o fornecimento vindo de usinas térmicas movidas a óleo combustível e a gás natural.

No decreto assinado nesta sexta, também há a previsão da ampliação das possibilidades de intercâmbio de energia elétrica com países que fazem fronteira com o Brasil. No documento, consta que será de competência do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a definição de políticas nacionais de integração do sistema elétrico e de integração eletroenergética com outros países – hoje, o Brasil tem intercâmbios internacionais de energia elétrica com a Argentina, Uruguai e o Paraguai, por meio da Usina Hidrelétrica Binacional Itaipu.

Outro ponto que consta no decreto é a possibilidade de importação de energia para atendimento aos sistemas isolados. Isso, de acordo com o governo federal, com o objetivo de reduzir custos preservando a operação segura dos sistemas atendidos pela importação.

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Alisson Ficher

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