Datafolha: aumento da inflação pode mudar voto de 31% dos eleitores

A inflação vem corroendo a renda dos brasileiros nos últimos meses. Como os preços de bens e serviços estão crescendo de maneira contínua e generalizada, o consumidor vê o seu poder de compra cada vez menor. E esse cenário econômico afeta a decisão da população na hora de votar.

De acordo com o Datafolha, 31% dos eleitores afirmaram que podem mudar o voto a depender da alta da inflação. Veja abaixo o que eles responderam se a inflação subir no Brasil:

  • Grandes chances de mudar o voto – 12%
  • Chances médias de mudar o voto – 11%
  • Pequenas chances de mudar o voto – 8%

Por outro lado, 68% dos entrevistados afirmaram que “não existe nenhuma chance” de trocar o voto.

Vale destacar que, entre os jovens de 16 a 24 anos, cerca de 50% afirmou que pode mudar o voto se os preços subirem no país.

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Veja mais detalhes da pesquisa Datafolha

A pesquisa também revelou que 53% dos brasileiros afirmaram que a situação econômica tem “muita influência” na hora da votação. Isso quer dizer que indicadores como inflação, Produto Interno Bruto (PIB), juros e desemprego pesam muito para a maioria dos brasileiros decidir em quem votar.

A saber, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação do país, acumula 12,13% em 12 meses até abril. Em resumo, a meta central para a inflação em 2022 é de 3,5%, mas pode chegar a 5,0% que não extrapolará a meta. Seja como for, os economistas projetam que a inflação do Brasil fique em 7,89% no país em 2022.

Para conter a taxa inflacionária, o Banco Central já elevou dez vezes consecutivas a taxa básica de juro da economia, a Selic. Atualmente, a taxa está em 12,75% ao ano, maior patamar desde 2017.

Em suma, os juros mais altos encarecem o crédito e reduzem o poder de compra da população. Dessa forma, a demanda fica enfraquecida, resultando em uma economia desaquecida. Tudo isso acontece para que os preços dos produtos não subam tanto, uma vez que a procura diminui.

O problema é que a inflação está nos dois dígitos há meses, assim como os juros. Isso quer dizer que a renda dos brasileiros está mais corroída que nunca. Para agravar o cenário, a taxa de desemprego também está nos dois dígitos (11,1%) e os desafios parecem não ter fim no país.

Por fim, O Datafolha ouviu 2.556 pessoas maiores de 16 anos em 181 municípios brasileiros nos dias 25 e 26 de maio. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Ruan Samarone

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