Nesta segunda-feira (17), durante a conferência virtual Agenda Davos, do Fórum Econômico Mundial, o CEO da farmacêutica Moderna Inc, Stéphane Bancel, informou que a candidata à vacina contra a variante Ômicron do coronavírus entrará em desenvolvimento clínico nas próximas semanas. Com isso, os dados sobre a eficácia e a segurança do imunizante adaptado para combater a nova cepa devem estar disponíveis em março.
“A vacina está sendo finalizada… ela deve estar na fase clínica nas próximas semanas. Estamos esperando ter os dados para compartilhar com os reguladores em março para então pensarmos nos próximos passos”, disse Bancel.
A farmacêutica também está trabalhando no desenvolvimento de uma vacina única combinando uma dose de reforço contra Covid-19 e seu imunizante experimental contra a gripe comum.
Segundo Bancel, no melhor dos cenários possíveis, a vacina da covid/gripe pode estar disponível no último trimestre de 2023 em alguns países. “Nosso objetivo é ter uma dose de reforço anual única, para que não tenhamos questões como a possibilidade de tomar duas ou três vacinas a cada inverno”, afirmou o CEO da Moderna.
Diversos países, como Brasil, Estados Unidos e Reino Unido, entre outros, estão aplicando a dose de reforço da vacina contra Covid-19 em seus cidadãos, priorizando os mais velhos e imunossuprimidos. Já Israel iniciou a aplicação da quarta dose do imunizante, numa tentativa de conferir maior proteção contra a Ômicron.
Detectada pela primeira vez em novembro de 2021 na África do Sul, a Ômicron é a variante mais transmissível do coronavírus desde o começo da pandemia, sendo apontada como principal responsável pelo recente aumento de casos de Covid-19 em todo o mundo.
O nível de transmissibilidade é tão alto que a cepa pode ser considerada o vírus de propagação mais rápida da história. A Organização Mundial de Saúde (OMS) também afirmou que a propagação da Ômicron pelo mundo não tem precedentes.