Cúpula de Lula quer barrar indicações de Bolsonaro ao Judiciário

Integrantes que atuam na equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta barrar indicações que já foram feitas ou são pretendidas pelo atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) ao Judiciário. A cúpula do petista também quer frear indicações para posições diplomáticas no exterior.

Transição do governo Lula deve contar com empresários e representantes do agronegócio

De acordo com informações reveladas nesta segunda-feira (07) pelo jornalista Valdo Cruz, do canal “Globo News”, a intenção da equipe de Lula é evitar que esses indicados sirvam ao que os integrantes da cúpula do presidente eleito chamam de “um projeto político” do grupo que deixa o governo neste ano.

Lula tomará posse e exercerá seu mandato como presidente pela terceira vez a partir do próximo dia primeiro de janeiro. Antes disso, Bolsonaro poderá, por exemplo, indicar 16 desembargadores de tribunais regionais federais e promover a indicação de diplomatas que precisam passar pelo crivo do Senado.

A ideia da equipe de Lula, informou o jornalista, seria tentar segurar a análise dessas indicações até o começo do ano, visto que, na ocasião, o presidente, oficialmente, já será o petista. Valdo Cruz relata que algumas das indicações feitas pela gestão de Bolsonaro podem até ser liberadas. No entanto, a ideia central é que os nomes sejam analisados pelo futuro ministro das Relações Exteriores do governo Lula.

Segundo o comunicador, que relembra ser comum presidentes que estão de saída “premiar” diplomatas que trabalharam com ele durante o governo, aliados de Bolsonaro avaliam que ele tem um interesse direito nas indicações de desembargadores. Isso, por dois motivos: questões políticas e por conta de processos em tramitação na Justiça.

Equipe de Lula prepara ‘revogaço’

Não bastasse a ideia de barrar as indicações, ou pelo menos tentar adiar as confirmações, a equipe de Lula também pretende promover um “revogaço” de decretos assinados por Bolsonaro, principalmente os referentes às armas e ao meio ambiental.

De acordo com as informações, a ideia é revogar os decretos de Bolsonaro que permitiram aumentar a venda de armas no país e também os que, na visão da equipe de Lula, colaboraram para o aumento do desmatamento no Brasil, sobretudo na Amazônia.

Leia também: ‘Brasil do Futuro’ deve ser o slogan do governo de transição de Lula

Alisson Ficher

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