Criptomoedas: analistas discutem os fundamentos delas

As tensões no leste europeu acendeu uma discussão bastante forte entre os economistas: por que as criptomoedas existem?  E para responder à questão, eles utilizam dados e notícias recentes que vêm da região. Isso porque, com a guerra, a moeda dos países envolvidos perderam valor, dificultando as transações econômicas das pessoas dessas regiões.

Até agora, analistas apontam que as criptomoedas têm uso real e não são apenas ativos de especulação financeira. Notícias da Ucrânia levantam, novamente, a necessidade de uma moeda descentralizada, dado que nenhum banco central manda, de fato, nesse dinheiro.

Os fundamentos das criptomoedas

As criptomoedas surgiram em 2013 como ativos revolucionários, que mudariam a relação dos países com o dinheiro. Quase 10 anos depois, isso ainda não aconteceu, mas as tensões na Europa levantaram a necessidade de uma moeda descentralizada.

Isso porque as economias nacionais sofrem muito com conflitos armados. Quando isso ocorre, os gastos do governo se voltam para as questões militares, deixando de lado os incentivos fiscais e a economia em geral. Dessa forma, investidores e a própria população perdem a confiança na moeda, que deixa valer para compras e vendas. Um caso atual para isso é na Venezuela, onde foram vistos bolos de dinheiro no lixo. Além disso, a própria Ucrânia proibiu o saque de moeda e transações em cartão de crédito, para tentar manter o valor da moeda. Caso tivesse liberado as compras, seria muito provável uma desvalorização forte do câmbio, o que tornaria a moeda irrelevante para a própria população.

Nesses episódios, mesmo que sejam isolados, entram as criptomoedas, que são moedas internacionais, descentralizadas e que têm o seu valor pautado pela compra e pela venda no mundo todo. Por isso, essas moedas são mais importantes em zonas de guerra e em países com grande instabilidade financeira. É o atual caso do leste europeu.

Foto: Reprodução

Como as moedas digitais salvam vidas?

São inúmeros os casos de vidas que foram salvas com as criptomoedas durante os últimos dias. Fugidos da guerra e pessoas que estavam no país afetado alegam que a moeda ucraniana, a grívnia, já não é mais aceita em diversos lugares. Por conta disso, as criptomoedas foram amplamente utilizadas pela população, o que é um dos fatores da alta desses ativos nesse momento.

Por isso, as criptomoedas tendem a se sustentar ao longo do tempo, dizem analistas. Devido ao recente clima de tensão, o mundo inteiro viu os estragos de uma guerra e como o dinheiro atrapalha a sobrevivência da população, que tem dificuldade em pagar serviços, além de ser impedida de fazer compras nos países para os quais vão para fugir dos conflitos.

Além disso, analistas mostram a necessidade de que todo investidor tenha criptomoedas para essa proteção, incluindo brasileiros. Para o cenário nacional, o Brasil tem um histórico de moedas fracas, mesmo que o real ainda não tenha apresentado os problemas semelhantes às moedas antigas. Com isso, o bitcoin, ethereum e outras criptomoedas podem ser a saída para momentos de maiores problemas na vida em sociedade.

Pedro Hostyn

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