Criação de empregos no setor privado dos EUA surpreende em dezembro

Os Estados Unidos aceleraram o ritmo do seu mercado de trabalho em dezembro de 2021. A saber, o país registrou a criação de 807 mil vagas de trabalho no setor privado no mês passado. Com isso, ampliou o número de vagas, que já foi bastante expressivo em novembro (505 mil, após revisão).

Os dados fazem parte do Relatório Nacional de Emprego da Automatic Data Processing (ADP), divulgado nesta quarta (5). Aliás, esse relatório, realizado em parceria com a Moody’s Analytics, é considerado uma prévia dos dados oficiais do país. A divulgação pelo Departamento do Trabalho dos EUA ocorrerá na próxima sexta-feira (7).

A propósito, os dados de dezembro vieram muito acima das previsões de analistas. Em resumo, eles projetavam a criação de 375 mil novos postos de trabalho no setor privado do país em dezembro. Contudo, o valor superou em mais de duas vezes as estimativas.

Estes dados sobre a criação de novos postos de trabalho excluem o setor agrícola dos EUA. Também vale ressaltar que há diferenças de metodologia entre o levantamento da ADP e os dados do Departamento do Trabalho americano. Por isso, os números podem ficar bem distantes um do outro. Resta esperar até sexta para ver se os valores serão semelhantes.

Veja mais detalhes do levantamento da ADP

De acordo com a ADP, as empresas dos Estados Unidos abriram mais de 6 milhões de vagas de trabalho em 2021. Apesar deste volume expressivo, a situação do emprego na maior economia do mundo continua complicada. Em suma, o país segue com quase 4 milhões de vagas de trabalho a menos do que no período pré-pandemia.

Com o acréscimo do resultado de dezembro, o quarto trimestre chega ao fim com uma média de 625 mil vagas criadas nos EUA. Dessa forma, supera a média de 2021 de criação de postos de trabalho, que ficou em 514 mil.

“O mercado de trabalho americano em dezembro se fortaleceu com o desaparecimento das consequências da variante Delta e com o impacto da Ômicron ainda não sendo percebido”, explicou Nela Richardson, economista-chefe da ADP.

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