No sábado (28), a Prefeitura de São Paulo instituiu o decreto do passaporte da vacina, que exige comprovante de vacinação contra Covid-19 para liberar a entrada em eventos. A medida do prefeito Ricardo Nunes (MDB) começará a valer a partir de 1° de setembro para shows, congressos, jogos esportivos, feiras e todos os demais eventos que tenham público superior a 500 pessoas.
Dessa forma, estabelecimentos e serviços que receberem público superior ao limite anunciado deverão pedir para o público apresentar o comprovante de vacinação contra Covid-19.
“Os estabelecimentos e serviços pertencentes ao setor de eventos, tais como shows, feiras, congressos e jogos, com público superior a 500 pessoas, deverão, a partir do dia 1º de setembro de 2021, solicitar ao público, para acesso ao local do evento, comprovante de vacinação do cidadão contra covid-19, que será autenticado pelo Passaporte da Vacina previsto no artigo 1º deste decreto.”, diz trecho do decreto publicado pela Prefeitura de São Paulo.
De acordo com o decreto, a comprovação de vacinação pode ser apresentada fisicamente (cartão de vacinação) ou de forma digital com as plataformas VaciVida e ConnectSUS.
O passaporte da vacina na forma de QR code estará disponível no aplicativo E-SaúdeSP, da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. O documento também pode ser emitido em formato impresso e digital através do app do Poupatempo Digital.
Passaporte da vacina é opcional para bares e restaurantes em São Paulo
Shoppings, bares e restaurantes não precisarão cobrar o passaporte da vacina, diferente do que havia sido divulgado pelo próprio prefeito Ricardo Nunes na segunda-feira (23), quando ele disse que a medida também iria valer para liberar entrada em estabelecimentos comerciais.
O recuo da Prefeitura ocorreu no mesmo dia, após o anúncio do passaporte da vacina ter repercussão negativa por parte de donos de bares e restaurantes. Com isso, para o comércio geral, a medida será opcional.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou o passaporte da vacina anunciado por São Paulo e Rio de Janeiro, dizendo que a medida “não ajuda em nada”.
“Não ajuda em nada. Somos contra isso. O povo brasileiro é livre, queremos que as pessoas exerçam de acordo com sua consciência.”, afirmou o ministro ao criticar o passaporte da vacina contra Covid-19.