Por conta da alta de casos de Covid-19 provocada pela variante Ômicron, a Prefeitura de São Paulo anunciou hoje (6) o cancelamento do carnaval de rua na cidade, mas informou que os desfiles no Sambódromo do Anhembi seguem mantidos e devem acontecer entre os dias 25 e 28 de fevereiro. Os desfiles só acontecerão se a Liga das Escolas de Samba aceitar os protocolos sanitários definidos pela gestão municipal.
“Por conta da situação epidemiológica está cancelado o Carnaval de Rua de SP. Nós vamos sentar com a Liga das Escolas de Samba para combinar um protocolo para a realização dos desfiles no sambódromo. Caso eles aceitem os protocolos, os desfiles serão mantidos”, disse o prefeito Ricardo Nunes.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, os protocolos serão guiados pelas exigências da vigilância sanitária da cidade, em parceria com a Liga.
“Nós vamos sentar com a Liga das Escolas para estabelecer esses protocolos de acordo com as exigências da Vigilância Sanitária. Nossa preocupação não é apenas com os desfiles, mas também com as aglomerações nos ensaios”, afirmou Aparecido.
Ontem (5), o Rio de Janeiro anunciou uma decisão similar: o carnaval de rua foi cancelado, mas os desfiles na Marquês de Sapucaí seguem mantidos.
A decisão do prefeito de São Paulo ocorreu após reunião com representantes da Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que mostraram um estudo sobre o cenário epidemiológico em São Paulo nos últimos meses.
Temendo uma explosão de casos gerada pelas aglomerações do carnaval de rua, Nunes decidiu cancelar a saída dos blocos na cidade.
O cancelamento do carnaval de rua em São Paulo afetará diretamente os cofres da cidade, pois a Ambev, empresa escolhida para patrocinar o carnaval em 2021, deixará de pagar os R$ 23 milhões pelo patrocínio do evento do ano passado. O valor ainda não havia sido pago por conta da indefinição do evento desde o final de 2020.