Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre 31 de dezembro do ano passado e 24 de janeiro deste ano, a taxa de positividade de testes de Covid-19 do tipo RT-PCR saltou de 3% para 37%. Os dados foram coletados da rede pública de Saúde.
Além de ser resultado da entrada no país da variante Ômicron, a mais transmissível do novo coronavírus, a alta de positividade também se deve ao aumento ao acesso de testes e nos processamentos pelas redes de saúde, de acordo com Maria Clara Lippe, coordenadora do Escritório de Testagem da Fiocruz.
“Em menos de um mês, passamos de uma média semanal de 25 mil testes liberados com menos de 5% de positividade (dezembro/2021), para um patamar de processamento que cresce a cada semana e já supera 100 mil amostras por semana e 30% de positividade (janeiro/2022). Com o aumento do volume de amostras, mais uma vez as Centrais demonstram consistência e alta capacidade de resposta às demandas da testagem“, explicou.
Os dados coletados pela Fiocruz mostram que na semana entre 16 e 22 de janeiro foram analisadas 121.275 amostras, o que representa um aumento de 195% em relação à média das oito semanas anteriores, evidenciando o aumento da procura por testes.
A pesquisa não utilizou dados de testes rápidos, pois as amostras não são enviadas às unidades responsáveis pelos diagnósticos.
Variante Ômicron e festas de final de ano aumentaram casos de Covid-19
A “explosão de casos” observada no Brasil no começo deste ano está diretamente relacionada com a chegada da Ômicron no país e com as festas de final de ano, segundo a coordenadora-geral da Unidade de Apoio ao Diagnóstico da covid-19, Erika de Carvalho.
“Isso fez com que a Ômicron expandisse e contaminasse uma quantidade tão grande de pessoas. Sabemos que ela é uma cepa cujo contágio é mais fácil e isso explica bem os números.”, disse ela.
Apesar da onda de novos casos de Covid-19 parecer sazonal, Erika avalia que é preciso seguir acompanhando a evolução da pandemia em todo território nacional.