Na manhã desta terça-feira (03), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que 18% da população do Brasil teria recebido duas doses da vacina contra Covid-19, enquanto o número real é de 7,49%, de acordo com o levantamento do consórcio de veículos de imprensa com dados das secretarias estaduais de saúde.
“Hoje já temos imunizados com as duas doses cerca de 18% da população brasileira. Isso é um dado importante, e vamos avançar mais. Mais de 70 milhões de doses de vacinas já [foram] distribuídas”, disse Queiroga em evento com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no Centro da capital paulista.
Segundo o consórcio de veículos de imprensa, a segunda dose foi aplicada em 15.869.985 pessoas – 7,49% da população brasileira. Já a primeira dose foi aplicada em 31.875.681 (15% da população).
Novo contrato de compra de vacinas da Pfizer contra Covid-19
Marcelo Queiroga também voltou a dizer que o Ministério da Saúde está “na iminência” de assinar um novo contrato para comprar mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer contra Covid-19, mas não deu detalhes de quando a negociação deve ser finalizada.
“Um contrato com a Pfizer já está na iminência de ser fechado, para 100 milhões de doses de vacina. Ou seja, o Brasil terá à disposição da sua sociedade 200 milhões de doses da vacina Pfizer”, disse o ministro. De acordo com Queiroga, o segundo contrato prevê 35 milhões de doses já para o mês de outubro.
O primeiro contrato firmado entre Ministério da Saúde e Pfizer garante a compra de 100 milhões de doses previstas para chegarem até o final do terceiro trimestre. Desse total, 1 milhão de doses foram entregues na última quinta-feira (29) e estão sendo distribuídas entre as capitais.
Atraso na segunda dose da CoronaVac
Durante o evento, Queiroga falou sobre o atraso na aplicação da segunda dose da CoronaVac, culpando o atraso na chegada do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) importado da China.
“Pena que essa ação muito forte [de distribuição das doses pelo Ministério da Saúde] seja relativizada em face de um eventual atraso de uma segunda dose de um imunizante feito aqui no Brasil, que não decorre da responsabilidade do Instituto Butantan, e sim de retardo na chegada de IFA ao país”.
No entanto, o ministro afirma que tal atraso aconteceu por “questões logísticas próprias da indústria chinesa” e não está relacionada a qualquer problema diplomático entre Brasil e China. “Nós temos excelente relação com o governo chinês”, afirmou.