Nesta terça-feira (25), a Pfizer e a BioNTech anunciaram que deram início aos estudos clínicos da vacina contra a variante Ômicron, principal responsável pela nova onda de casos de Covid-19 em todo o mundo.
Os testes devem contar com a participação de 1.420 adultos de 18 a 55 anos de idade e avaliarão segurança, imunogenicidade e tolerabilidade do imunizante para uso em duas doses e também como reforço.
“Embora a pesquisa atual e dados do mundo real mostrem que os reforços fornecem alto nível de proteção contra quadros graves e hospitalização com a Ômicron, reconhecemos a necessidade de estarmos preparados caso essa proteção diminua com o tempo e de ajudarmos a lidar com a Ômicron e novas variantes no futuro”, disse Kathrin Jansen, vice-presidente sênior e chefe de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da Pfizer.
Os participantes foram divididos em 3 grupos, sendo que o primeiro recebeu duas doses da vacina atual da Pfizer contra Covid-19 entre 90 e 180 dias antes da inscrição. Os integrantes de tal grupo vão receber uma ou duas aplicações do imunizante específico contra a variante Ômicron.
Já o segundo grupo recebeu 3 doses da vacina da Pfizer entre 90 e 180 dias antes do começo dos testes clínicos. Essas pessoas devem tomar uma dose do imunizante original ou uma do adaptado para combater a Ômicron. Enquanto isso, o terceiro grupo é composto apenas por indivíduos não vacinados contra Covid-19, que receberão três aplicações da vacina com base na variante Ômicron.
Pfizer deve produzir mais de 50 milhões de doses da vacina contra a Ômicron
A Pfizer afirmou que planeja fabricar entre 50 e 100 milhões de doses da vacina contra a Ômicron ainda no primeiro trimestre. Segundo o CEO da empresa, Albert Bourla, as doses serão produzidas “sob risco”. Ou seja, caso não sejam necessárias, a Pfizer arcará com os custos.
No sábado, Bourla afirmou que é melhor adotar um esquema de vacinação anual contra a Covid-19 à aplicar doses de reforço frequentemente.
“Uma vez por ano é mais fácil de convencer as pessoas a tomar e é mais fácil para as pessoas lembrarem”, afirmou. “Do ponto de vista da saúde pública, é a situação ideal. Estamos procurando ver se podemos criar uma vacina que cubra a Ômicron e não esqueça as outras variantes. Isso pode ser uma solução”, disse.